ACEROLA
Introduzida no Brasil, em Pernambuco, em meados do século XX, a acerola é, das frutas conhecidas, a que apresenta maior teor de vitamina C. Em cem gramas de sua polpa há 3.400mg de vitamina C ou ácido ascórbico, contra apenas cinqüenta miligramas na laranja ou no limão, trinta miligramas na manga e quinze miligramas na maçã.
A acerola é um fruto altamente perecível (conserva-se apenas 3 dias após a colheita) e contém altos teores de vitamina C, superando em 25 a 100 vezes a quantidade contida na laranja, em uma mesma quantidade de polpa. É uma fruta atrativa pelo seu sabor que pode ser doce ou ácido, além de ser fonte de vitamina C possui também outros diversos nutrientes, como: vitamina A, ferro, cálcio e vitaminas do complexo B (Tiamina, Riboflavina e Niacina).
A fruta é bastante utilizada por pessoas com gripe, afecções pulmonares, doenças do fígado, doenças nasais e gengivais.Pode ser consumida tanto in natura como industrializada, sob a forma de sucos, sorvetes, geléias, xaropes, licores, doces em caldas entre outras.
A acerola, além de possuir as vitaminas A, B1 e B2 em grande quantidade, é uma excelente fonte de vitamina C. É rica em cálcio, fósforo e ferro. Pode ser consumida ao natural, na forma de sucos, refrescos, sorvetes, doces, geléias e compotas.
Eficaz contra reumatismo e para acelerar processos de cicatrização de feridas. Fortalece o organismo como um todo e é eficiente no tratamento de anemia. Tem sido recomendada como ingrediente indispensável na dieta de lactentes, crianças e adolescentes, de gestantes e nutrizes e de pacientes desnutridos, convalescentes e em processo de desgaste físico.
O fruto é uma drupa de superfície lisa e dividida em três gomos, com tamanho variando de 3 a 6 cm de diâmetro. A coloração externa do fruto varia do alaranjado ao vermelho intenso quando maduros com polpa carnosa e suculenta. Levam aproximadamente 22 dias desde a floração até a maturação.
Os frutos carnosos têm como característica comum sua riqueza em açúcares e acidez relativamente elevada. O tamanho varia em função do potencial genético da planta, tratos culturais e do número de frutos por gema reprodutiva. Em geral pesam de 3 a 16 g.
Planta
A aceroleira é uma árvore de 2 a 4 metros de altura, com ramificação compacta ou espalhada. Adquiriu importância mundial devido ao alto teor de vitamina C, além de ser boa fonte de vitamina A (caroteno), ferro, cálcio e tiamina.
As variedades de acerola são classificadas em doce ou ácida. Deste modo, os clones disponíveis para plantio foram selecionados levando-se em consideração o teor vitamínico. Nesta classificação, os frutos que produzem mais que 1.000 mg de ácido ascórbico (vitamina C) por 100 g de suco é que são considerados satisfatórios.
Cultivo:
O climaideal para o cultivo é caracterizado por temperaturas médias em torno de 26 ºC e 1.200 mm a 1.600 mm de chuvas.
Dependendo da fertilidade do solo e dos tratos culturais, o espaçamento indicado varia de 5,0 x 5,0 m a 6,0 x 6,0 m. Espaçamentos menores também são possíveis, dependendo do terreno e tratos culturais, adotando-se 4,0 x 4,0 m. Com esse espaçamento e irrigação pode-se obter melhor produtividade, com 625 plantas por hectare e produção de até 100 kg de frutas por planta por ano.
Em relação às doenças e pragas, a aceroleira apresenta poucos problemas, mas é freqüente o aparecimento de cochonilhas e pulgões atacando os ramos e folhas. Deve ser feito o controle da mosca-das-frutas, evitando-se seus prejuízos. As doenças mais comuns são cercospora ou Mancha-das-folhas, verrugose e antracnose.
Abelhas da família Apidae, especialmente dos gêneros Centris e Epicharis, são relatadas como principais polinizadores da aceroleira. Esses insetos têm vida solitária e constroem seus ninhos, geralmente, em cavidades no solo. As abelhas Irapuá (Trigona spp.) também são observadas visitando as flores da aceroleira com certa freqüência, porém sua eficiência na polinização não está comprovada. As abelhas melíferas (Apis mellifera) não são eficientes na polinização da aceroleira devido à baixa atração das flores, possivelmente pela ausência ou baixa concentração de néctar.
A colheita dos frutos da aceroleira destinados ao consumo “in natura” ou ao processamento do suco deve ser feita de maneira bastante criteriosa. Os colhedores devem ser adequadamente treinados para o trabalho de colheita. As acerolas destinadas a mercados distantes devem ser colhidas "de vez". Deve-se evitar que os frutos sofram pancadas ou ferimentos durante a colheita, seleção e embalamento, pois isso acelera sua deterioração.
Deve-se ter cuidado no acondicionamento dos frutos, principalmente os maduros, que devem ser colocados nas caixas de colheita em poucas camadas, pois o peso das camadas superiores pode provocar o rompimento da casca dos frutos das camadas de baixo.
Usos
A produção de polpa e suco é, ainda, a principal destinação da fruta, dada sua perecibilidade e acidez. Os frutos da aceroleira apresentam rendimento de suco entre 49% e 75% do seu peso, com elevada acidez (pH 3,3). O teor de água nos frutos é, em média, de 90%.
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