domingo, 31 de outubro de 2010

FLIPORTO 2010 - Olinda Pernambuco


A FLIPORTO

Em seis anos dedicados ao debate da literatura, A fliporto se consolida enquanto o lugar da mediação e da convergência de discussões em torno de nossa construção cultural. É o espaço ideal para debater as novas configurações identitárias, a própria conformação do povo brasileiro e os grandes dilemas e conflitos contemporâneos.

O encontro - que esse ano deixa o balneário Porto de Galinhas para se intitular Festa Literária Internacional de Pernambuco – presta ainda uma justa homenagem à escritora Clarice Lispector. Além da mudança de nome, a Fliporto 2010 muda de residência coerentemente migrando para Olinda, emblemática como patrimônio histórico e cultural da humanidade. Sua marca se transfigura preservando a essência do ‘porto’, o espaço em que viajantes e nativos se misturam, trocando suas riquezas e misturando artefatos. É o maior porto literário do nosso vasto mar cultural que é o Nordeste.

Sob o tema Literatura e Presença Judaica no Mundo Ibero-americano, a sexta edição recebe entre os nobres ‘marinheiros’ os autores brasileiros Arnaldo Niskier e Moacyr Scliar. Entre os especialistas em Clarice Lispector estão os biógrafos Nádia Gotlib e o americano Benjamin Moser, esse último responsável por “Clarice,”, lançado em 2009. Além deles há os nomes de François Jullien, Marck Dery, Camille Paglia, Ricardo Piglia, Alberto Manguel, Richard Zimler, Ronaldo Vainfas, Contardo Calligaris, Ronaldo Wrobel, Adriana Armony e Guilherme Fiúza. Os pernambucanos José Luiz Mota Menezes e Luzilá Gonçalves também participam da festa.

Cinema, artes plásticas, música e tecnologia também encontram amplo debate na Fliporto 2010. Hoje, a Fliporto se impõe enquanto um evento dinâmico, que envolve toda a comunidade literária de Pernambuco e dos estados vizinhos, oferecendo uma intensa programação alinhada ao melhor de nossas letras.



Gastronomia cede espaço à literatura

Dez restaurantes da cidade irão fazer parte do Circuito Gastronômico

Com famosos pratos regionais e internacionais, entre 12 e 15 de novembro, em Olinda, a quarta edição da Fliporto Gastronomia, promovida pela VI Festa Literária Internacional de Pernambuco (Fliporto), oferece ao público participante o melhor do intercâmbio entre literatura e gastronomia. O objetivo é oferecer a possibilidade de degustar a culinária regional e alguns pratos da cozinha internacional especialmente elaborados para o evento literário.

Entre os participantes do Circuito da Gastronomia da Fliporto, o restaurante Oficina do Sabor, com o prato “Paella à Don Quixote”, da culinária espanhola, e o “Camarão à Gilberto Freire”, com sabor genuinamente brasileiro. Os chefs responsáveis pelos pratos são César Santos e Felipe Barreto, respectivamente.

Também participam do polo gastronômico a Estação Café, que aderiu à temática da Festa e criou o “Pout-porri de Petiscos Judaicos”, com a assinatura do chef convidado Claudemir Barros. Os restaurantes Due e Patuá, com cozinhas mediterrâneas, irão integrar o circuito da Festa sob o comando dos chefs Silvio Romero e Alcindo Queiroz, respectivamente.

Além desses, outros seis restaurantes farão parte do circuito, tais como o Don Francesco Trattoria, também voltado para a cozinha judaica com o “Varênikes de camarão”, o Beijupirá Olinda, com o prato regional “Beijuolinda”, o Flor de Coco, chefiado por Avil Mesel, o Maison do Bonfim, sob o comando de Jeff Colas, o Restaurante (Pousada) Quatro Cantos, com o prato “Galinha à Clarice Lispector”, que faz referência à homenageada da Festa, além do restaurante Hotel Costeiro.

Para unir a arte da gastronomia ao artesanato regional, clientes que pedirem o prato do circuito, elaborado pelo restaurante participante, receberão uma peça de arte, limitada ao estoque da casa e preparada por um artista a ser escolhido.

Serviço
Fliporto Gastronomia
Em 10 restaurantes da cidade
De 12 a 15 de novembro
Fone: +55 81 3269.6134

Turismo Cultural

A centenária Olinda reserva um verdadeiro deleite visual e gastronômico para os turistas que visitam a cidade. Nascida 35 anos após a descoberta do Brasil, este reconhecido patrimônio da humanidade, além de abrigar a maior folia a céu aberto de Pernambuco, congrega uma série de eventos culturais e de grande importância no Nordeste. Uma vez por ano, a cidade será a capital do Brasil. Uma justa homenagem ao primeiro grito de República que foi dado em Olinda.

Nas ruas da histórica cidade, é possível fazer um passeio pelo emaranhado de estreitas e íngremes vielas de paralelepípedos de Olinda. Perto do Mercado da Ribeira, o antigo mercado de escravos que hoje vende artesanato para turistas, fica o Museu de Arte Contemporânea. Aos domingos, um programa interessante é subir a Ladeira da Sé e degustar a famosa tapioca, reconhecida como Patrimônio Imaterial da Cidade de Olinda.

Há pelo menos 18 igrejas na cidade velha que datam dos séculos 17 e 18, e algumas do século 16, todas com características do Barroco brasileiro. Entre elas, destaque para o Mosteiro de São Bento, a Igreja da Sé e a Igreja e Mosteiro de Nossa Senhora do Monte. Já no circuito gastronômico da cidade, famosos e tradicionais restaurantes constituem a cena local, como o Due e o Patuá, ambos voltados para a cozinha mediterrânea. Há mais tempo na cidade, o Oficina do Sabor celebra o poder da culinária genuinamente pernambucana.


Veja mais informações em

sábado, 30 de outubro de 2010

Gravatá sedia 8º edição do Festival do Sabor

Gravatá sedia 8º edição do Festival do Sabor

O evento envolve 21 restaurantes da cidade, com o objetivo de divulgar e promover a gastronomia como um atrativo turístico

A cidade de Gravatá sedia a 8º edição do Festival dos Sabores, que segue até o dia 15 de novembro. O evento envolve 21 restaurantes da cidade, com o objetivo de divulgar e promover a gastronomia como um atrativo turístico. O festival acontece através de uma parceria entre o Sebrae Pernambuco, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e a prefeitura do município.

O público poderá conferir os pratos que foram desenvolvidos especialmente para a mostra. Os estabelecimentos receberam cursos de massas, serviços de vinhos, coquetelaria, prática de salão e orientação exclusiva com o chef do Senac.

Confira os restaurantes que participam do Festival do Sabor:

ANTONIETA RISTORANTE
Av. Cícero Batista de Oliveira, 1969 – Gravatá - PE
Fone: 3533-1786

ARTE CAFÉ & CONFEITARIA
Rua Cleto Campelo, 210 – Centro – Gravatá - PE
Fone: 3533-3452
BAR DA SALADA
Av. Cícero Batista de Oliveira, 1275 – Prado – Gravatá-PE
Fone: 3533-3774
BISTROT LA FONDUE
Av. Cícero Batista de Oliveira, 1900 – Novo Gravatá – Gravatá-PE
Fone: 3533-0030
CAFÉ DO ABEL
Rua Duarte Coelho, 280 – Lj. 6 e 7 e 1º andar – Gravatá – PE
Fone: 3533-7598
CAFETERIA GRAVATÁ
Rua Cleto Campelo, 180 – 1º andar - Centro – Gravatá – PE
Fone: 3533-0912

CANTINA LA MASSA
Av. Gov. Agamenon Magalhães, 306 – Prado – Gravatá – PE
Fone: 3533-1961

CANTINHO DA PAZ BAR E RESTAURANTE
Rua Vicente Soares da Silva, 200 – XV de Novembro – Gravatá –PE
Fone: 3533-2523

RESTAURANTE RECANTO REGIONAL
Rua Conselheiro Laurindo Gomes, 03 – Gravatá – PE
Fone: 3533-1385

CHURRASCARIA BOI NA BRASA
Av. Cícero Batista de Oliveira, 1851 – Novo Gravatá – Gravatá – PE
Fone: 3533-4492

EDNALDO BAR
Rua Visconde de Pirajá, 09 – Prado – Gravatá – PE
Fone: 3533-4379

EUDES DA CABIDELA
Av. Gov. Agamenon Magalhães, 270 – Prado – Gravatá –PE
Fone: 3533-4561
HIPER PADARIA GRAVATÁ
Av. Gov. Agamenon Magalhães, 430 – Prado – Gravatá – PE
Fone: 3533-1736

HOTEL PORTAL DE GRAVATÁ
Av. Cícero Batista de Oliveira, s/n – Km 82 – Gravatá – PE
Fone: 3533-0288
LA FONDUE RESTAURANTE
Av. Cícero Batista de Oliveira, 1993 – Gravatá – PE
Fone: 3533-3685

MANIA CASEIRA
Rua Manoel Bento da Silva, 75 – Sto. Antônio – Gravatá – PE
Fone: 3533-1639

MAKE TUDO SELF-SERVICE
Rua Lamartine Farias de Castro, 93 – Gravatá – PE
Fone: 3533-5566

OFICINA DA CHARQUE
Av. Cícero Batista de Oliveira, 2045 – Gravatá – PE
Fone: 3533-1652

PAULO MEDEIROS BUFFET
Rua Duque de Caxias, 50 – Centro – Gravatá – PE
Fone: 9966-3038

PICANHA DA SERRA
Rua Quinze de Novembro, 1472 – Gravatá – PE
Fone: 3533-1452

CHOCOLATERIA DA SERRA
Rua Lamartine Farias de Castro, 225 – XV de Novembro – Gravatá
Fone: 3533-2378

Fonte:

http://pe360graus.globo.com/diversao/diversao/gastronomia/2010/10/20/NWS,522751,2,467,DIVERSAO,884-GRAVATA-SEDIA-EDICAO-FESTIVAL-SABOR.aspx

Receita de Sukiyaki

Receita de Sukiyaki do restaurante Hiro
Cozido japonês de verduras, legumes e carne é ideal para esquentar o invernopor Redação Made in Japan
Sukiyaki do restaurante japonês Hiro, em São Paulo

Uma das atividades mais divertidas do inverno, no Japão, é comer um bom sukiyaki ao lado de amigos e familiares. O prato é, basicamente, um grande cozido de carne, legumes e verduras, posto à mesa em uma panela fervente. Cada pessoa serve-se a si mesmo.
O restaurante japonês Hiro, de São Paulo, forneceu à Made in Japan sua receita de sukiyaki. A casa está com um cardápio especial de inverno, em que consta, além do sukiyaki, outros pratos típicos da estação: tempurá udon, curry rice e tchampon.
Confira, a seguir a receita do sukiyaki do restaurante Hiro (para duas a três pessoas):

Ingredientes
- 50g de manteiga
- 150g de contra filé em fatias bem finas
- 100g de macarrão de udon
- 4 a 5 folhas de acelga- 100g de moyashi (broto de feijão)
- 50g de konnyaku (massa gelatinosa à base de batatakonnyaku)
- 10 folhas de horenso (espinafre japonês)
- 70g de tofu
- 50g de kamaboko ou tikuwa (massas de peixe)
- 50g de shimeji
- 50g de shiitake
- 1 cebola
- 4 talos de cebolinha
- Ovo (opcional)

Caldo
- 80ml de shoyu
- 160ml de água
- 10 g de hondashi japonês
- 30ml de sake mirim
- 50ml de sake kirim
- 30g de açúcar
- 10g de glutamato monossódico

Pré-preparo (aproximadamente 30 minutos
Cozinhe o macarrão de udon. Corte a carne em fatias bem finas. Lave e fatie as verduras. Fatie os demais ingredientes em tamanhos uniformes. Misture todos os ingredientes do caldo.

Preparo (aproximadamente 20 minutos)
Em uma panela própria para sukiyaki, aqueça a manteiga e refogue a carne. Acrescente os vegetais e cogumelos, regue com o caldo. Em seguida, acrescente o macarrão, o konnyaku, a massa de peixe e o tofu. Tampe para garantir a cocção. O sukiyaki deve ser servido bem quente e pode ser acompanhado de ovo cru misturado com o caldo quente da panela.

Uma breve história da gastronomia japonesa, Por Chef Muran

Em homenagem ao dia do Sushi, comerado em 1 de novembro, posto um interessante texto extraído do blog do Chef Muran




Uma breve história da gastronomia japonesa
Por Chef Muran

Parte I

Registros indicam que os japoneses iniciaram o cultivo de arroz em campos alagados e tornaram-se uma sociedade agrícola por volta de 2.500 a.C.. Desde essa época, os japoneses passaram a ter como alimento principal o arroz. No séc. VIII, passaram a fazer suas refeições utilizando os “ohashi”, famosos palitos de origem chinesa.
A refeição para os japoneses é constituída do prato principal, denominado “gohan” ou “meshi”, e a dos acompanhamentos, denominada “okazu”. “Gohan” é o arroz cozido sem tempero. “Okazu” são pratos de verduras, peixes e outros, temperados com “Shoyu” ou “Misso” que são condimentos à base de soja fermentada. O ator principal da mesa de refeição é o arroz, rico em carboidrato e proteína de origem vegetal.
Um grande acontecimento na história da vida alimentar dos japoneses foi a introdução do budismo no Japão no século VI, que proíbia a matança de seres vivos. Até então, os japoneses alimentavam-se não só de peixes e crustáceos, mas também de animais silvestres caçados, como veados, javalis e outros.
Era raro criar animais domésticos para fins de alimentação, isso se limitava praticamente à criação de aves (galinhas). Segundo o xintoísmo, as galináceas eram aves sagradas mensageiras de deuses, criadas tanto como despertador quanto para a rinha (luta de galos). Além disso, no Japão não se ordenhava leite de animais domésticos para beber nem havia alimentos derivados de laticínios, como a manteiga e o queijo.
Nos séculos VII e VIII, quando o Estado passa a ser administrado seguindo os preceitos do budismo, os imperadores promulgavam com freqüência leis que proibíam o uso de animais para alimentação. Foi necessário um longo tempo para que o povo se esquecesse do gosto da carne, mas sabe-se que por volta dos séculos XI e XII a proibição já tinha se tornado de domínio público, e as pessoas passaram a sentir peso na consciência ao consumir carnes, principalmente no caso de mamíferos. Com isso, para os japoneses que aboliram a carne, a iguaria mais apreciada passou a ser o prato de peixe. O Japão é um país insular com litoral bastante longilíneo, rico em recursos alimentícios obtidos do mar, como peixes, crustáceos e plantas marinhas e os japoneses assim se tornaram o povo que mais aprecia os pratos de peixe do mundo.
Para os japoneses a maneira mais gostosa de saborear o peixe é o “sashimi”, finas fatias de peixe in natura seridos com raiz forte e shoyu. O peixe que não pode ser servido como “sashimi” porque não está mais tão fresco, é consumido assado normalmente na brasa apenas temperado com sal. Quando o peixe não está mais fresco a ponto de não poder ser saboreado assado é próprio para ser cozido com os temperos como “misso” ou shoyu e sakê, com o acréscimo de condimentos como o gengibre.
A filosofia de arte culinária no mundo preconiza: “Arte culinária significa transformar, com o uso de técnicas criadas pelo homem, em comestível aquilo que não pode ser consumido in natura. Outrossim, arte culinária é a criação de sabor não existente na natureza”. Em contrapartida, a filosofia da arte culinária tradicional do Japão enfatiza algo paradoxal: “O ideal da arte culinária consiste justamente em não se recorrer à arte culinária”. Deve-se limitar ao mínimo possível a interferência da tecnologia no gênero alimentício e deve-se consumi-lo o mais próximo possível do seu estado natural.



Parte II

A estética própria da culinária japonesa desenvolveu-se com base em sua filosofia, isto é, busca-se servir os alimentos em um estado próximo ao natural, sem deixar aparente na superfície as técnicas artificiais. Com isso, descartam-se os pratos cujas cores e formas dos ingredientes se tornam irreconhecíveis por estarem cobertos de molho e faz-se o arranjo dos pratos de modo a valorizar suas formas e suas cores naturais, enfatizando a estrutura assimétrica. Segundo a estética japonesa, o arranjo geométrico e simétrico é evitado por ser pensado como demasiadamente artificial.
Outra peculiaridade da cozinha japonesa é a valorização da sazonalidade.Cada variedade de peixe ou verdura deve ser consumida na época em que apresenta o seu melhor sabor. Dentro de sua mitologia acredita-se que adquirindo de primeira mão as verduras ou peixes de cada estação e comendo esses produtos antes dos outros, podia-se ter 75 dias de vida a mais.
Em 1868, quando foi derrubado o sistema feudal do xogunato Tokugawa vigente até então e houve a consolidação do governo moderno no Japão, foi liberado o consumo de carne. A meta nacional do novo governo era inaugurar as indústrias modernas e formar forças militares modernas para fazer frente aos estrangeiros que queriam colonizar a Ásia. Para isso, havia necessidade de formar trabalhadores e soldados com físico forte e saudável. Os intelectuais da época achavam que a estrutura física franzina dos japoneses, em comparação com os ocidentais, era causada também pelo hábito alimentar tradicional de não consumir carnes e leite, entre outros. Por isso, a população foi incentivada a alimentar-se de carne e a beber leite.
A grande transformação no hábito alimentar ocorreu na década de 1960, quando se inicia o grande crescimento econômico. Com a economia estabilizada, passou-se a utilizar com freqüência a carne, a manteiga e o óleo nos pratos do dia-a-dia, e houve uma diminuição no consumo de arroz.
Saudações Gastronômicas

Fonte:
http://blogdochefmuran.wordpress.com/2009/10/01/uma-breve-historia-da-gastronomia-japonesa-parte-1/
http://blogdochefmuran.wordpress.com/2009/10/05/uma-breve-historia-da-gastronomia-japonesa-parte-2/

Típico japonês, sushi tem seu dia na segunda-feira


Típico japonês, sushi tem seu dia na segunda-feira



Tradição milenar, o sushi é um dos pratos típicos da gastronomia japonesa já bastante popular entre os brasileiros. Nesta segunda-feira (1º), é celebrado o Dia do Sushi. A data é comemorada no Japão e, há alguns anos, também vem ganhando menção em território brasileiro.
O sushi foi criado como forma de conserva: o arroz, envolto em peixe cru, servia para manter o peixe fresco e era descartado. Isso mesmo, comia-se apenas o peixe e o arroz era jogado fora.
Foi somente no século 14, na cidade de Kedo, que ambos começaram a ser degustados juntos, criando uma tradição que perdura até os dias de hoje e é um dos símbolos da gastronomia japonesa. Não há restaurante nipônico, no Brasil, que não sirva a especialidade com as mais variadas e criativas combinações possíveis.

Fonte:
http://receitas.uol.com.br/ultimas-noticias/2010/10/29/tipico-japones-sushi-tem-seu-dia-na-segunda-feira.jhtm

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Alguns Cheefs que abrilhantaram a Semana da Mesa em SP


Para muitos amantes da gastronomia, a Semana da Mesa de São Paulo é um dos maiores eventos de enogastronomia da América Latina, reunindo renomados Cheefs para discutirem e produzirem os melhores pratos. A edição deste ocorreu entre os dias 26 e 29 de outubro, contando com Cheefs como:



Marcello Tully

Segundo brasileiro a conquistar uma estrela Michelin, Marcello Tully chefia a cozinha do restaurante do hotel Kinloch Lodge, na Escócia. Educado na Inglaterra, Marcello desenvolve suas receitas com ingredientes locais, beneficiando-se criativamente de ambas as culturas. O chefe gosta de brincar com as texturas e a harmonização dos sabores dos dois países.

Heinz Beck

Depois de passar por diferentes experiências em premiados restaurantes da Alemanha, país onde nasceu, Heinz foi para Roma. Lá, comanda, há 15 anos, o La Pergola, primeiro restaurante da cidade a receber a terceira estrela do Michelin. O chefe apresenta uma cozinha experimental unida aos princípios do slow food.

Shane Osborn

Australiano, Shane Osborn é o proprietário do restaurante Pied a Terre, localizado no centro de Londres, dono de duas estrelas Michelin. A cozinha de Shane é influenciada pela francesa, mas com assinatura de uma moderna cozinha europeia. Suas principais inspirações são a simplicidade e a qualidade dos ingredientes. Mantém seu próprio kitchen garden (jardim de cozinha) no telhado do seu restaurante.

Gastón Acurio

Chefe peruano é considerado embaixador da culinária de seu país. É dono de cerca de 30 franquias de seus restaurantes, que oferecem pratos típicos do Peru, de forma moderna e atraente. Cada marca criada por ele é voltada a uma categoria específica da cozinha peruana.


Ben Roche

Líder mundial de inovações em confeitaria, Ben Roche é chefe pâtissier do restaurante Moto, em Chicago, e também coanfitrião da série Future Food, do Discovery Planet. Reconhecido por sua inovação, utiliza os preceitos da chamada gastronomia molecular em suas criações, que dão origem a uma sobremesa voadora, por exemplo, pela ação do hélio e a elevação da temperatura ambiente.

Fonte:

http://gastronomiaenegocios.uol.com.br/home/eventos/ver/380/conheca-alguns-dos-chefs-que-participarao-do-semana-mesa-sp/

Tulipa de Figo Fresco com Sorbet de Limão e Calda de Mel com Gengibre



Ingredientes:
4 figos frescos
200g de Sorbet de limão
200ml de Mel
Gengibre a gosto
100g de Pistache torrado sem casca

Modo de Preparo:
Corte o figo ao meio, formando uma tulipa. Coloque uma bolinha de sorvete no centro. Regue com mel e em seguida raspe um pouco de gengibre. Cubra com pistache e sirva imediatamente.

Serviço:
Ghee Banquteria
Fonte:



http://gastronomiaenegocios.uol.com.br/home/cozinha_gen/ver/2054/tulipa-de-figo-fresco-com-sorbet-de-limao-e-calda-de-mel-com-gengibre

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

FESTA NACIONAL DA OSTRA EM FLORIANÓPOLIS (SC)



De 22 a 31 de outubro de 2010, Florianópolis será palco de mais uma edição da FENAOSTRA – Festa Nacional da Ostra e da Cultura Açoriana. Trata-se de um verdadeiro festival realizado no Centrosul, Centro de Convenções de Florianópolis, que mobiliza a cidade durante 10 dias, com uma agenda repleta de atrações gastronômicas, folclóricas e culturais.

A FENAOSTRA surgiu há 12 anos para divulgar a ostra catarinense e abrir, assim, novos mercados para os produtores.

É uma festa popular, que celebra a cultura açoriana da Ilha de Santa Catarina, festejada atualmente como um dos destinos turísticos mais procurados do País. Reconhecida como a Capital da Inovação, por despontar no cenário nacional como um dos mais destacados pólos tecnológicos brasileiros, Florianópolis também vem se consolidando como uma verdadeira grife, quando o assunto é a produção de ostras.

A capital catarinense responde hoje por 95% da chamada ostra do pacífico cultivada no País, comercializando 1.301.500 toneladas em 2009. Nada mais natural, então, que o molusco tenha virado protagonista de um grande festival de gastronomia e cultura, a FENAOSTRA.

O evento atrai um número cada vez maior de visitantes, consolidando-se como a única promoção do gênero no País a reunir, em um mesmo espaço, atividades nas áreas gastronômica, técnico-científica, econômica e cultural, dando ênfase à cultura açoriana.

A organização investe na força das redes sociais para potencializar a divulgação do evento e atrair um público bastante diversificado e, ao que tudo indica recorde.

A Fenaostra 2010 vai usar e abusar das ferramentas de divulgação via Internet. Além do site, www.fenaostra-floripa.com.br, o público vai poder acompanhar toda a movimentação da festa via Twitter, www.twitter.com/fenaostrafpolis e pelo perfil na rede de relacionamentos Orkut: "Fenaostra de 22 a 31 de outubro".

O carro-chefe é a gastronomia, com espaços destinados a saborear ostras e outros frutos do mar, preparados das mais diversas formas. A agenda prevê concursos que estarão sob a responsabilidade da ABAGA – Associação Brasileira da Alta Gastronomia, através da Presidente da ABAGA em Santa Catarina Sonia Jendiroba.

A cultura será destaque, com um pavilhão especialmente concebido para a comercialização do artesanato ilhéu, além de uma vasta programação artística com as brincadeiras do boi-de-mamão, pau-de-fita e artesãos produzindo peças ao vivo.

Vai contar com uma programação que também oferece cursos e seminários de aperfeiçoamento técnico, realizado pelo IGEOF (Instituto de Geração de Oportunidades de Florianópolis em parceria com o SEBRAE, EPAGRI, ABEAQUI, UFSC, ACAQ e SINDICATO RURAL.

A FENAOSTRA tem também Shows com grandes nomes da música nacional e com artistas locais que completam o cardápio eclético da festa.

CURIOSIDADES:

OSTRAS EM NÚMEROS

A maricultura em Florianópolis conta com 44 áreas de cultivo em operação e 119 lotes em operação, totalizando 100 hectares unidades. Em 2009, a comercialização de ostras chegou a 1.301.500 toneladas, segundo dados da Epagri. O setor emprega cerca de 800 pessoas diretamente e 4.000 indiretamente, e responde por uma renda primária de mais de R$ 38.472,00/ano. A cidade de Florianópolis é responsável por 68,98% da produção nacional de ostras, e o Estado de Santa Catarina é responsável por 95% da produção brasileira. Cerca de 20 a 30% das nossas cargas são transportadas diariamente em nossas rodovias.

SOBRE AS OSTRAS

As ostras são alimentos muito saudáveis e têm baixo teor de calorias, se comparado a outras carnes. Também tem grande quantidade de vitaminas, minerais e ômega 3, que previne doenças no coração. Tanto é saudável que a Prefeitura está incluindo o alimento na merenda escolar da rede municipal, combatendo a desnutrição e a obesidade infantil.

Veja também o nosso Blog, finalista do TOP BLOG: http://programalinhaverde.blogspot.com/ , e acompanhe nossas notícias no Twitter:http://twitter.com/#!/linhaverde

Fonte:

http://blogs.abril.com.br/programalinhaverde/2010/10/festa-nacional-ostra-em-florianopolis-sc.html

Veja um vídeo sobre como preparar Ostras Rockfeller



segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Gastos de turistas brasileiros no exterior crescem



Gastos de turistas brasileiros no exterior crescem

Os gastos de brasileiros em viagem ao exterior continuam a crescer, segundo dados do BC (Banco Central), divulgados nesta segunda-feira. De janeiro a setembro, os brasileiros gastaram no exterior US$ 11,468 bilhões, contra US$ 7,467 bilhões registrados nos nove meses de 2009.

Os estrangeiros gastaram no Brasil, de janeiro a setembro, US$ 4,322 bilhões, contra US$ 3,868 bilhões em igual período de 2009.

Somente no mês de setembro, os brasileiros gastaram US$ 1,580 bilhão contra US$ 1,053 bilhão no mesmo mês de 2009. Os gastos de estrangeiros no Brasil ficaram em US$ 454 milhões, em setembro, contra US$ 401 milhões em igual período do ano passado.

Agência Brasil

Turismo de saúde vai ganhar plano federal de desenvolvimento Brasil


Turismo de saúde vai ganhar plano federal de desenvolvimento
Brasil

O Brasil vai definir diretrizes para a atuação organizada no turismo de saúde. O documento será resultado da reunião de trabalho que começou na manhã da última sexta-feira,) durante a Abav - 2010 - Feira das Américas.

O Brasil oferece centros de referência em serviços médicos e hospitalares e clínicas de bem-estar, mas para atender à demanda mundial do segmento é preciso envolvimento conjunto do poder público e da iniciativa privada. “A formulação de estratégias certeiras de promoção do Brasil como destino internacional do turismo de saúde potencializa a entrada de divisas na nossa economia”, afirmou o secretário executivo do Ministério do Turismo e presidente interino da Embratur, Mário Moysés.

Segundo ele, o papel do Ministério do Turismo e da Embratur será o acompanhamento governamental das iniciativas conjuntas do empresariado e o apoio institucional para a estruturação e qualificação da oferta no segmento. “Vamos observar experiências internacionais importantes para avançar na nossa organização, mantendo sempre o respeito absoluto pela ética médica das atividades de saúde”, comentou. Atualmente, há mais de 20 hospitais certificados pela JCI (Joint Comission International), organização não-governamental que certifica instituições médicas sob rigorosos padrões de qualidade.


Fonte:

http://www.jornaldeturismo.com.br

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Obstáculos para viabilizar novos hotéis

Obstáculos para viabilizar novos hotéis
Acesso ao capital financeiro também pode ser um empecilho
Por Cristiano Vasques
Nas colunas das duas edições anteriores, foram explicadas as razões pelas quais o País ainda não vive um período de forte crescimento no número de hotéis, apesar do excelente panorama econômico. Além da questão da recuperação das diárias (os níveis de ocupação já estão bem altos), há problemas em achar bons terrenos, restrições de ocupação de solo e altos custos de construção.

Uma última razão relevante é o acesso ao capital financeiro, um dos grandes problemas para a implantação de novos hotéis no País. Acessar financiamento ou recursos de investidores ainda é difícil no Brasil, especialmente em comparação com outros países.

As novas linhas do BNDES e do Banco do Nordeste são bastante melhores que as anteriores. Ambos os bancos estão oferecendo prazos mais alongados e custos mais baixos. No entanto, as garantias de 130% do valor a captar ainda são um grande empecilho para a maior parte dos potenciais incorporadores de hotéis. Ao mesmo tempo, os baixos valores de RevPar observados na maior parte dos mercados implicam em uma forte limitação do valor a ser captado. Isso acontece já que o EBITDA projetado deve ser, ao menos, 1,3 vezes maior que o valor da prestação do financiamento. Essas restrições, somadas, limitam a capacidade de captação de recursos para implantar um hotel novo.

Outras fontes tradicionais de recursos no exterior, como fundos de private equity ou investidores institucionais, ainda são usadas de forma muito limitada no Brasil, pois tais investidores tendem a ser bastante seletivos. Eles precisam de liquidez no ativo hoteleiro (facilidade de venda) e, assim, dão preferência aos grandes parceiros ou a mercados geográficos (bairros e cidades) de primeira linha. Além disso, é comum exigirem taxas de retorno do capital próprio (equity yield) na faixa de 20% ao ano, índice difícil de ser obtido mesmo com alavancagem financeira.

OPORTUNIDADES

Há boas oportunidades, mas cuidado com a super-oferta. A euforia em relação ao crescimento do País é muito bem fundamentada e deve gerar grandes oportunidades de investimento. Por outro lado, essa série de colunas indicou diversos obstáculos reais para os investimentos na implantação de novos hotéis.

Apesar disso, já surgem no mercado muitos rumores sobre novos empreendimentos hoteleiros, em especial nas localidades em que as taxas de ocupação têm estado sistematicamente altas. Tipicamente, essa situação decorre da falta de avaliação adequada das perspectivas do mercado. Nesses locais, pode haver dois finais: (a) muitos projetos não serão viabilizados e o crescimento da oferta será equilibrado, mantendo a saúde do mercado local; ou (b) uma super-oferta de hotéis e, com isso, forte queda no desempenho do mercado.
No primeiro caso, investidores estarão felizes com suas decisões. No segundo, hotéis poderão ser vistos como um péssimo investimento.

Nas demais localidades, em que o mercado está se recuperando e não há muitos rumores sobre novos hotéis, será preciso avaliar com muita calma a tomada de decisão de investimento em novos empreendimentos. Para realizar bons investimentos nessas cidades, incorporadores e investidores deverão alocar a devida parcela de tempo em prospecção e avaliação dos projetos.



Cristiano Vasques é engenheiro de Produção (Poli-USP) e especialista em Gestão do Turismo e da Hotelaria (FGV). É sócio da HVS em São Paulo, consultoria especializada em investimentos hoteleiros. Contato: cvasques@hvs.com

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Os serviços super customizados dos Concierges

Por definição, a palavra “Concierge” surgiu na França. O termo provém do francês “Comte Des Cierges” ou “o contador de velas”, com referência ao oficial que executava os mandatos de justiça do rei pela cidade. Outra versão da origem da palavra é “guardião das chaves”. Também faz sentido, visto que na época Medieval, o Concierge era quem guardava (literalmente) as chaves dos aposentos dos castelos e tratava de fornecer tudo o que os hóspedes necessitavam durante sua estada.

Depois de um tempo, o conceito entrou definitivamente no segmento de luxo. Praticamente impossível imaginar um hotel de luxo sem um excelente Concierge.
A U.I.C.H. (Union Internationale des Concierges Hotels), mais conhecida como "Les Clefs d'Or" (As Chaves de Ouro) foi fundada em 6 de Outubro de 1929 quando, Pierre Quentin, Concierge do Hotel Ambassador de Paris e 10 outros Concierges entenderam que poderiam trabalhar muito mais eficientemente juntos do que individualmente.

Hoje, você reconhece um Concierge Les Clefs d´Or pelas chaves que eles carregam na lapela de seus uniformes. Essas chaves douradas e cruzadas são mais do que o símbolo de uma organização, mas a garantia de um serviço de alta qualidade.
Elegância, disciplina, flexibilidade, persistência e discrição fazem parte do dia a dia desses profissionais.
Suas atribuições já transcendem o serviço de hospedagem dos hotéis. O Concierge Clefs d´Or pode ser responsável por correspondências e mensagens, recomendações e reservas, viagens e reuniões de negócios, compras e comunicações profissionais. Eles também podem ser excelentes assessores sociais, assistentes de trabalho e confidentes pessoais. O sucesso de um Concierge depende muito do seu networking, amigos e colegas ao redor do mundo. Geralmente, não há ninguém tão bem relacionado quanto um Concierge. E, acredite, eles trabalharam duro para obter as “chaves douradas”. Portanto, seja um pedido simples ou complexo, eles farão o possível (e, muitas vezes, o que parece impossível) para proporcionar segurança, diversão e satisfação aos hóspedes.
Hoje são 39 grupos de trabalho em 50 países que congregam mais de 3.000 membros pertencentes à U.I.C.H.

Um dos Concierges mais famosos do mundo, também conhecido pelo serviço “Whatever / Whenever” (o que você quiser / quando você quiser) pertence à marca W Hotels, da Rede Starwood.
Eles prometem transformar seu desejo em realidade e cada momento especial em pura mágica.
Quer um banho de banheira com chocolate quente, pegar seu vestido de casamento de helicóptero, jantar em um lugar exótico?
Se estiver hospedado em um W Hotel e seu desejo for legal e eticamente viável, eles darão um jeito de arrumar tudo.
Não é a toa que a W Hotel revolucionou o serviço de Concierge e se transformou em benchmark para o segmento de hotelaria por oferecer "experiências únicas" aos seus hóspedes. Ninguém passa por um W impassível.
Toda a ambientação e serviço dos hotéis mexem com seus sentidos. Um dos muitos critérios de seleção dos Concierges, por exemplo, é cultura geral. Temas como moda, arte, celebridades, cinema e música podem fazer parte de uma entrevista para conseguir uma dessas disputadas vagas ao redor do mundo.
Além disso, ainda oferecem vários outros serviços diferenciados, como o W2Go - preparo de refeições leves para levar a bordo, envio constante de mensagens no celular do hóspede avisando a programação do hotel e, é claro, bares super “cool”, onde é possível encontrar hóspedes, jovens executivos e o pessoal mais “descolado” da cidade se divertindo com drinks super elaborados e música contemporânea.

A Rede Hyatt também inovou com o E-Concierge, um serviço interativo online que permite ao hóspede planejar uma variedade de serviços e atividades do hotel antes da sua chegada. Desde a reserva antecipada para jantares, tratamentos de spa, transporte, golfe e muito mais.

O Brasil uniu-se à Associação em 1991. De acordo com Sérgio Bezerra de Menezes, atual Concierge “Les Clefs d´Or” do Sofitel São Paulo: “A profissão no país ainda precisa de maior reconhecimento, não só no sentido de muita gente ainda não saber o significado da palavra / profissão, como, e principalmente, no sentido de melhor otimização e aproveitamento dos serviços que um hotel de luxo pode oferecer ao próprio hóspede, que muitas vezes não se dá conta de que o Concierge pode facilitar sua passagem por determinado lugar, torná-la até inesquecível, sabendo ele aproveitar ao máximo o que um Concierge pode render.”

Sérgio conta que um dos casos mais inusitados que já vivenciou foi um hóspede brasileiro, residente há muitos anos na Alemanha, que precisava reformar a casa e lhe pediu que lhe arranjasse um pedreiro brasileiro disposto a passar uns 3 meses na Alemanha para se ocupar da reforma, por achar que os pedreiros brasileiros são bem mais caprichosos e detalhistas que os alemães.
Outro pedido veio de um namorado de uma hóspede que morava na França. Telefonou pedindo flores, cartão romântico e um cantor que tocasse no violão e cantasse “Eu sei que vou te amar” no momento em que a namorada fizesse o check in no hotel, às 5:30 da manhã.
Quando trabalhou no Sofitel The Palace em Dubai, um Sheikh veio pedir a Sérgio uma marca específica de cigarrilhos que ele mesmo já havia procurado por toda a parte em Dubai sem encontrar. Sérgio pesquisou em todas as charutarias de luxo, além de supermercados e aeroporto de Dubai, sem sucesso. Ao pesquisar na internet, viu que a importação e procedência da tal marca era da Holanda. O Sheikh (de Bahrain) voltaria ao hotel em 1 mês e o Concierge resolveu surpreendê-lo, dando-lhe de presente 3 latinhas desses cigarrilhos (de aroma um pouco mais suave que um charuto) que encomendou a um amigo tripulante da KLM que viria a Dubai em duas semanas. Esse presentinho não custou nada ao hotel, mas foi inesquecível para o hóspede, cuja alegria foi inesquecível também para Sérgio.
Histórias não faltam. Muitos pedidos engraçados e outros, claro, que não se pode comentar, porque discrição, entre outras qualidades, é essencial à credibilidade do Concierge.
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Mas o conceito de Concierge vem sendo ampliado e já se tornou sinônimo de serviço personalizado em vários outros segmentos.
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Inúmeras agências de viagens estão se especializando em prestação de serviços de Concierge, a ponto de não se limitarem a viagens, mas experiências super exclusivas. Não é raro vermos pessoas sendo presenteadas com um “Experience Voucher”, por exemplo. Uma aula de culinária com um Chef famoso, dirigir uma Ferrari ou fazer um pedido de casamento em um balão, fazem parte do dia a dia desses profissionais que se especializaram na realização de sonhos.

Outro exemplo é a Luggage Concierge, que promete retirar suas malas em casa e entregar diretamente no hotel onde irá se hospedar, independente do país e urgência. O conforto de não precisar carregar malas durante a viagem e recebê-las em segurança em casa na volta também é garantido pela empresa.

Mais recentemente, o Personal Concierge vem ganhando espaço dentro do segmento de serviços super customizados no Brasil. Pode-se dizer que são uma espécie de “mordomos terceirizados”.

Pessoas que não tem tempo para fazer tudo o que precisam ou desejam são seus principais clientes e ficam felizes em pagar alguém para cuidar de seus afazeres de maneira eficiente e ainda com um toque de classe. No trabalho ou em casa, esses profissionais podem cuidar do pagamento de contas, correspondência, organização de armários, papéis, lista de compras, elaboração de lista de convidados e detalhes de festas, cuidados com animais de estimação, limpeza em geral, entre outros.
Quer personalizar seu estilo de vida? Seja em hotéis, viagens ou em casa, contrate um serviço de Concierge e desfrute do conforto e da inigualável sensação de ser (muito) bem cuidado.

Fonte:

http://gabrielaotto.blogspot.com/2010/09/os-servicos-super-customizados-dos.html

De Varsóvia para o mundo

Conhecido como um dos restaurantes mais originais do velho continente, o polonês U Kucharzy ganha uma filial em Londres e pode se tornar a cozinha do hotel Ritz na Europa do Leste
Por Roberta Namour, especial de Varsóvia - 05/10/2010


Quem chega a entrada do renomado restaurante polonês U Kucharzy, em Varsóvia, pensa se tratar de um erro. Situado na cozinha do antigo e fabuloso hotel Europejski, que no pós-guerra foi palco de diversos encontros entre comunistas, o lugar recebe seus clientes pela porta dos fundos, com a placa “Staff only” - apenas funcionários, em português. Mas essa não é a única surpresa que reserva. Ao passar pelo corredor sombrio da recepção, surge repentinamente um império de azulejos brancos, dividido em pequenas salas que se encontram na área de trabalho dos cozinheiros. Não se trata de um desvio acidental pela cozinha do restaurante, mas sim dele próprio. O serviço é feito ali mesmo, tão sem pretensão quanto a decoração do espaço, instalado em um prédio do século 19. Não há garçons. Os pedidos são feitos à hostess ou mesmo ao dono, elegantemente vestido com uma gravata à borboleta estampada. Instantes depois, o cliente é surpreendido com a presença de um dos 26 chefs do lugar em sua mesa.



Ali mesmo, com os ingredientes em panelas e frigideiras, ele finaliza e monta o prato solicitado. O cardápio também chama a atenção pela ausência de qualquer excentricidade culinária, muito comum em menus refinados. O U Kucharzy propõe simplesmente a redescoberta de pratos simples como Steak Tartar ou Pierog – raviólis poloneses. “Tentamos quebrar o estereótipo da Polônia que, para ser considerado um bom restaurante, você tem de estar em um lugar extravagante”, diz Mateusz Gessler, co-proprietário. “Para nós, o mais importante é o que você está comendo e com quem”. Talvez por isso ele seja considerado um dos 18 restaurantes mais originais da Europa. Ele também faz parte da lista Bib Gourmand da Michelin. Criada em 1997, ela indica estabelecimentos abordáveis, com preços mais baixos do que os do Guia Michelin e que propõem menus completos (entrada, prato e sobremesa) a menos de 29 euros durante a semana e 33 euros no final de semana.



O U Kucharzy é a estrela de uma série de negócios pertencentes a ilustre família Gessler, de Varsóvia. Nos anos 1980, eles foram os primeiros da capital da Polônia a abrir um restaurante privado. Desde então, construíram um império formado por restaurantes, padarias e confeitarias pelo País. Os Gessler – como uma autêntica família polonesa – carregam ainda em seu portfólio uma marca de Vodka. O U Kucharzy foi uma ideia pessoal de Adam Gessler, um ator convertido a empresário – é ele que recebe os convidados com a gravata borboleta. Segundo ele, o restaurante é um ponto de interseção entre diferentes públicos da Polônia, da Europa e do mundo, que se reúnem para experimentar o incomparável trato da culinária polonesa. “É o lugar onde pessoas comuns vão esfregar seus ombros com presidentes, esportistas famosos, artistas e jornalistas, em um espaço despretensioso”, diz.

De fato, o ex-presidente da Polônia, Lech Kaczynski, morto em um acidente aéreo em abril de 2010, era visto regularmente por lá. O ex-hotel Europejski fica a poucos passos do Palácio presidencial. Mas o lugar não atira apenas as atenções de celebridades. O restaurante pode se tornar a cozinha do hotel Ritz em Varsóvia. O grupo suíço estuda comprar a antiga instalação do Europejski para abrir uma filial no Leste Europeu.




Enquanto o projeto não sai do papel, a família Gessler segue com outros planos para o U Kucharzy. Há menos de dois meses, ele ganhou um endereço em Londres. E o local é bem conhecido pelos londrinos - próximo à estação Kensington do metrô. Durante 63 anos, lá funcionara o polonês Daquise. Apesar de sua resistência quase monástica por mudança - manteve a decoração intacta, com paredes amarelas e flores de plástico, por mais de seis décadas - o lugar era um habitué de ilustres como o cineasta Roman Polanski – frequentou o restaurante diariamente durante as gravações do filme Repulsion. Também serviu de ponto de encontro de espiões da Guerra Fria - Christine Keeler encontrou seu diplomata soviético lá. Mas o interesse da família Gessler pelo espaço também está ligado a uma outra questão. Quando o Daquise foi aberto, cerca de 150 mil poloneses viviam no Reino Unido. Hoje, esse número está perto de um milhão.
U Kucharzy : 7 Ossolińskich St. (Europejski Hotel), www.gessler.pl

Fonte:

http://www.gestaodoluxo.com.br/gestao_luxo_novo/segmentos/servicos/servicos.asp

Coisas esquecidas em quartos de hotel



Depois que uma camareira achou 6.000 dólares em um quarto de hotel em Miami, o Gerente Geral do Opus Hotel resolveu dar uma olhada no seu departamento de "achados e perdidos".



Ele encontrou caixas e caixas de pertences de hóspedes, sendo que a maioria parecia lixo deixado para trás de propósito.
Durante sua visita, encontrou de tudo. Desde o trivial como artigos de higiene pessoal, escovas de dente, CDs e adaptadores, até jóias, laptops, iPods, roupas, passaportes, pen drives e prescrições médicas.



Um item que lhe chamou atenção foi uma garrafa de champanhe Crystal, avaliada em 800 dólares. O achado poderia ter regado alguma festa da gerência ou do camareiro que encontrou, mas o dono foi buscar a garrafa...2 anos depois. Sim, ela ainda estava lá aguardando por ele.
O Gerente tem muito claro a importância que alguns objetos podem ter para algumas pessoas e não cabe a ele definir o "valor" de cada objeto.


Os brinquedos sexuais são itens populares esquecidos em hotéis, provavelmente, porque são guardados (ou escondidos) fora da vista, em alguma gaveta ou debaixo da cama. Esse, os donos nunca voltam para pegar...

Materiais pornográficos foram o alvo do esquecimento de um hóspede em particular no Opus Hotel. No seu apartamento foi encontrado um chicote, revistas "impróprias para menores", uniforme de enfermeira, peruca, um estetoscópio e drogas.

Depois dos "sex toys", o segundo lugar entre as coisas mais esquecidas pelos hóspedes em quartos de hotel são perucas e, em terceiro, dentaduras.



Para terminar o relato, o gerente geral conta que a hóspede ficou tão comovida com a honestidade na devolução dos seus 6.000 dólares que, mais tarde, a camareira acabou ganhando depois uma recompensa que ultrapassou o valor encontrado.



Outro fato curioso foi o "famoso" tubarão deixado na banheira de um hotel de Portugal. O hóspede foi pescar e esqueceu que tubarões precisam de água salgada para sobreviver. Quando o bicho apresentou sinais de fraqueza, resolveu deixar o problema para a camareira. O animal foi encontrado vivo e voltou ao seu habitat natural.


Curiosidades a parte, se você esquecer alguma coisa em um hotel, ligue imediatamente e comunique o fato. Seja paciente e persistente pois, algumas vezes os itens podem estar fora de lugar e difíceis de encontrar. Os hotéis normalmente enviam o objeto para você (Dependendo do valor do frete. Sim, alguns questionam isso).


Gorjeta para as camareiras ajuda, principalmente no exterior.



De acordo com o livro "Camareira de Hotel", existem prazos para guardar cada coisa:

* Roupas e Livros - 1 ano
* Calçados, malas e sacolas - 1 ano
* Cosméticos em geral - 3 meses
* Jóias de pouco valor - 1 ano
* Jóias de grande valor - 5 anos
* Revistas - 15 dias
* Dinheiro e escrituras públicas - indeterminado
* Documentos - até a validade dos mesmos

Depois desse prazo, os objetos deverão ser doados.
Mas nem todos hotéis trabalham assim. Muitos guardam (qualquer) objeto entre 1 e 3 meses e depois dão o destino que quiserem para os mesmos. A maioria fica com a camareira que o achou.

No site da ABIH-PR, o Manual da Conduta Hoteleira, descreve:
"No dia-a-dia dos meios de hospedagem, pode acontecer de alguém esquecer ou perder seus pertences nas áreas comuns ou nos apartamentos. São objetos de todo tipo, pelos quais os hóspedes ou clientes podem vir a exigir reembolso. Portanto, devem-se tomar providências para garantir os interesses da empresa e do hóspede.
O hotel NÃO deverá procurar o hóspede para a entrega do objeto esquecido, o que se faz em nome da discrição. O procedimento correto é armazenar o objeto (por no mínimo 30 e, no máximo, 90 dias) e aguardar a procura pela parte interessada, até o prazo limite. Após esta data, mantém-se a ficha de registro arquivada e o objeto é descartado de acordo com a política institucional, podendo ser lixo ou doação para instituição de caridade."

Como menciona o texto acima, não espere que todos os hotéis entrem em contato com você , por questão de segurança e privacidade.
Exemplo: uma peça íntima da suposta esposa pode ser, na verdade, da secretária.

Falando nisso, lembrei de um caso de uma Gerente de Recepção do primeiro hotel que trabalhei. Ela quis ser pró ativa e mandar flores para a casa da esposa de um hóspede frequente em seu aniversário. Afinal, todos os anos eles comemoravam a data no hotel. Bem, imagino que você já imaginam o que aconteceu. A comemoração sempre foi no aniversário da amante do (ex) hóspede que morava na cidade onde o hotel estava localizado.

Na época, foi uma "crise corporativa", mas hoje, confesso que é bem engraçado lembrar.



Particularmente já esqueci muitas coisas em hotéis. E o principal motivo é a "gentileza" das camareiras em quererem ser "mordomos" e guardam roupas e sapatos nos armários e gavetas do quarto.

Prezados hotéis de luxo, a não ser que eu solicite, por favor, somente dobrem as roupas...nunca as guardem.

Fonte:



http://gabrielaotto.blogspot.com/2010/09/coisas-esquecidas-em-quartos-de-hotel.html

Transamérica São Paulo investe R$ 120 mil em ações sociais



Transamérica São Paulo investe R$ 120 mil em ações sociais


O Transamérica São Paulo, localizado na capital paulista, investiu R$ 120 mil em 30 ações sociais desenvolvidas ao logo deste ano. "Elas são importantes primeiramente porque ajudamos instituições e projetos sociais que beneficiam várias pessoas, e também pelo próprio hóspede, que valoriza muito esta questão e, em algumas situações, utiliza como condição para o fechamento de um evento", declara Paulo Ceraso, gerente de Qualidade do hotel.



"No passado esta questão não era muito valorizada, diferente de hoje, onde o apelo para programas sociais são muito mais importantes para as empresas e clientes. Projetos sociais sempre tiveram o nosso apoio e contribuição, contudo ao longo dos anos evoluímos e hoje esta questão está enraizada em todos os

nossos colaboradores, que nos trazem ideias para auxílio a novos projetos", complementa o executivo.
(Aline Costa)


Serviço
http://www.transamerica.com.br/
Fonte:


http://www.hoteliernews.com.br/HotelierNews/Hn.Site.4/NoticiasConteudo.aspx?Noticia=61011&Midia=1

Hotéis Novotel criam novo conceito em alimentos e bebidas




Hotéis Novotel criam novo conceito em alimentos e bebidas


Os hotéis Novotel, agora contam com uma nova especialidade na sua área de alimentos e bebidas. Os empreendimentos passam por uma remodelação sob o conceito do slow food, que visa dar preferência aos produtos regionais do país.

Denominado de 365, que significa comer bem todos os dias do ano, e em 24 horas, o projeto está sendo implantado nos hotéis em Campo Grande (MS), São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus (AM), São Bento do Sul (RS), além de cidades da América do Sul como Buenos Aires (Arg) e Lima (Peru).



Os fogões à indução que foram implantados no Novotel Jaraguá São Paulo, que aquecem os alimentos inseridos sobre ele, sem ocasionar queimaduras em quem prepara o prato "O conceito privilegia a regionalidade dos alimentos, com equipamentos de última geração, e traz o atendimento de um cozinheiro que fará a confecção dos pratos com a participação do cliente", declara Carlos Bernardo, gerente geral do Novotel Jaraguá e representante do Comitê 365 da Accor.

O bar do hotel também participa da nova adequação

O executivo destaca que com o novo formato, os restaurantes dos hotéis oferecerem pratos a la carte, onde todos os dias, hóspedes e passantes podem apreciar a cozinha show. "Implantamos em nossos restaurantes os fogões a indução, que são mais seguros para o preparo dos alimentos. Queremos resgatar o prazer em consumir algo do seu próprio país com um cardápio com selo de qualidade. Para ajudar no processo teremos o apoio de Christophe Marziale, consultor e vice-presidente da Associação Americana de Gerentes de A&B", finaliza Bernardo.
(Juliana Albino)

Serviço
http://www.novotel.com.br/




Fonte:

http://www.hoteliernews.com.br/HotelierNews/Hn.Site.4/NoticiasConteudo.aspx?Noticia=61070&Midia=1

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Pernambuco bate recorde absoluto de empregos


Pernambuco bate recorde absoluto de empregos

Estado registra melhor resultado do Nordeste: 39,6 mil novos postos de trabalho em setembro. Indústria de Transformação, Agropecuária e Construção Civil contribuíram para o resultado

Brasília, 19/10/2010 - No estado de Pernambuco, o emprego com carteira assinada cresceu 3,70% em setembro, equivalente a 39.645 postos a mais do que o mês anterior. Foi o melhor resultado de toda a série histórica para o período e o melhor desempenho da Região Nordeste segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Os setores que mais se destacaram e que contribuíram para as novas contratações foram Indústria da Transformação (+21.853 postos), Agropecuária (+5.856 postos), Construção Civil (+4.500 postos), Serviços (+4.188 postos) e Comércio (+2.991 postos).

No acumulado do ano, houve acréscimo de 81.322 postos (+7,90%), sendo o melhor desempenho de toda a série histórica do CAGED para o período, e o segundo maior saldo da Região Nordeste, sendo superado somente pelo ocorrido no estado da Bahia (+90.965 postos).

Em 12 meses, houve crescimento de 10,28% no nível de emprego, com a criação de 103.591 postos de trabalho. Este resultado foi o segundo melhor da Região Nordeste, em termos absolutos, sendo superado somente pelo observado na Bahia (+107.395 postos), e a maior taxa de crescimento dentre os estados da região e a segunda em nível Brasil, sendo superada pela ocorrida no estado de Rondônia (12,63%).

Assessoria de Imprensa do MTE
(61) 3317-6537 - acs@mte.gov.br

Fonte:

http://www.mte.gov.br/sgcnoticia.asp?IdConteudoNoticia=7420&PalavraChave=caged

Ranking com 6 capitais mostra Fortaleza com melhor banda larga do País


Ranking com 6 capitais mostra Fortaleza com melhor banda larga do País
Pesquisa mediu qualidade e penetração do serviço em 72 países; Brasil ficou na 42ª posição

SÃO PAULO - Um estudo realizado pela empresa americana de tecnologia Cisco, pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, e pela de Oviedo, na Espanha, revela que Fortaleza é, entre seis capitais brasileiras pesquisadas, a que tem a melhor internet de banda larga.

Em seguida, vêm Brasília, Belo Horizonte, Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro. A eficiência do serviço nas outras capitais não foi aferida.

Divulgado divulgado nesta segunda-feira, o estudo mediu a qualidade da banda larga em 239 cidades de 72 países, que também foram avaliados de acordo com a penetração do serviço.

Para aferir a qualidade, a pesquisa levou em conta as velocidades de download e upload de arquivos e o tempo de latência, ou seja, de transmissão e recepção de sinais (na prática, o tempo entre dizer algo e ser ouvido por outra pessoa numa conversa pela internet, por exemplo).

No ranking geral, o Brasil ficou na 42ª posição, caindo sete posições em relação a um mesmo estudo, feito em 2008. Na ocasião, porém, havia 13 nações a menos na lista.

Líder do ranking no último estudo, a Coreia do Sul manteve a posição e aumentou a vantagem em relação aos demais países. Atrás dela vêm Hong Kong, Japão, Islândia, Suíça, Luxemburgo e Cingapura.

Entre os países onde a penetração da banda larga mais aumentou se destacaram Emirados Árabes Unidos, Malta, Chipre, Irlanda e Grécia.

Banda larga no Brasil. Segundo Fernando Gil de Bernabé, diretor-sênior da Cisco, a pesquisa mostrou que 21% dos lares brasileiros têm banda larga. Em 2008, eram 16%.

Ele diz que, apesar do progresso, que segue a média dos outros países, o Brasil não deu um grande salto no número de pessoas com acesso a serviços de banda larga, como aconteceu nações do Oriente Médio, nem na qualidade do serviço.

O Brasil tampouco está no grupo nos 14 países que, de acordo com a pesquisa, estão preparados para aplicativos que necessitarão de uma banda larga de maior qualidade nos próximos cinco anos.

O estudo prevê que, nesse período, e-mails, redes sociais, sites de vídeos e programas de conversa exigirão maior velocidade na recepção e transmissão de dados. Na pesquisa feita em 2008, somente o Japão estava preparado para os avanços que ocorreriam nos anos seguintes.

Competitividade e inovação. Associando o desempenho dos países aos seus níveis de desenvolvimento econômico, o estudo diz que os investimentos em banda larga se refletem em maior competitividade e inovação.

A pesquisa também cita países do leste europeu (entre os quais Bulgária, Hungria, Romênia e República Tcheca), destacando que, ao concentrar seus investimentos na instalação de redes de cabos e fibra óptica em suas principais cidades, ultrapassaram países mais ricos no quesito qualidade da banda larga.

Isso porque, nas nações desenvolvidas, a política mais comum tem sido aumentar o número de usuários do serviço, ampliando sistemas mais antigos e menos eficientes, como o DSL.

A pesquisa ainda aponta que 10% das pessoas com acesso à banda larga pelo celular já obtêm qualidade semelhante à de redes fixas, um avanço significativo em relação às últimas pesquisas.

Nesse campo, a Suécia, a Dinamarca, os Estados Unidos e a Espanha tiveram os melhores desempenhos.

Fonte:

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,ranking-com-seis-capitais-mostra-fortaleza-com-melhor-banda-larga,626387,0.htm?x

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O novo Ca’d’Oro


Paulo Saldaña - O Estado de S. Paulo

O esqueleto do primeiro hotel cinco-estrelas de São Paulo, o Ca’d’Oro, na Rua Augusta, centro da cidade, vai ser parcialmente demolido para dar lugar a uma nova torre de 28 andares. O prédio, em fase de aprovação na Prefeitura, será de uso misto, com quartos de hotel e salas comerciais.

Por enquanto, sujeira e vidros quebrados são as marcas dos dois blocos do hotel, na Rua Augusta
O novo espigão deve continuar com a bandeira Ca’d’Oro, um dos últimos hotéis familiares do País. Desde a desativação, há cerca de dez meses, a informação dos proprietários era de que o hotel seria renovado para atender ao fluxo turístico da Copa do Mundo de 2014. "Com certeza estaremos prontos antes dos estádios", diz Aurélio Guzzoni, neto do fundador do Ca’d’Oro, o italiano Fabrizio Guzzoni.
Os herdeiros não deram detalhes sobre o empreendimento, mas confirmaram que a incorporadora Brookfield, que desenhou o projeto, entrou como parceira da família. A reportagem procurou a empresa, que não comentou sobre a obra.
De acordo com a planta do projeto analisada pela Câmara Técnica de Legislação Urbanística da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, a torre vai abrigar 549 unidades: 153 direcionadas a quartos de hotel e 396 para escritórios. As salas comerciais serão abrigadas nos 18 primeiros andares, ficando o restante para o hotel.
O modelo misto é considerado tendência. "Ter uma construção de escritórios, serviços e hotéis no mesmo lugar é importante porque o hóspede acaba fomentando os negócios, além de viver outras experiências e compartilhar espaços", afirma Toni Sando, diretor da São Paulo Convention & Visitors Bureau.
A planta já foi encaminhada para o departamento de aprovações da Secretaria de Habitação e deve ser analisada na próxima semana. Ainda não há prazos para a demolição e a inauguração nem previsão de custos. A informação é de que parte do complexo será demolida e outra parte da estrutura, reaproveitada.
Impacto. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) analisa a proposta de polo gerador de tráfego que integra o projeto. O movimento atual na área, entretanto, é considerado baixo pelos técnicos da companhia. No trecho da Rua Augusta entre as Ruas Caio Prado e João Guimarães Rosa, no horário de pico da manhã, registra-se média de 300 veículos por hora no sentido bairro (Avenida Paulista) e 150 veículos no sentido centro. Isso significa que nas quatro horas do pico matutino passam nesse quarteirão aproximadamente 1,2 mil veículos no sentido bairro e a metade, 600, para o centro.
Depois de anos de abandono e de descaso, o novo prédio surgirá agora na esteira de um processo de revitalização do centro da capital paulista. Atualmente, já existem cerca de dez lançamentos residenciais na região do Baixo Augusta. / COLABOROU EDUARDO REINA

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Fusca inspira casa e restaurante na Áustria



Um construtor austríaco gastou milhões para criar o projeto de uma casa e de um restaurante com formato do famoso carrinho O restaurante DAS AUTO, que quer dizer O Carro, tem as mesmas formas do Fusca e acomoda 300 pessoas dentro e outras 350 nos terraços
Reprodução Internet

Garrafa de licor custa mais de U$ 2 milhões



Edição limitada ficará exposta em teatro londrino. Joalheiro responsável pelo projeto quer entrar para o Guinness
Por Época NEGÓCIOS Online

O joalheiro Donald Edge criou uma versão luxuosa da garrafa do licor francês Chambord – cujo design é um ícone entre os recipientes de bebidas alcoólicas (VEJA GALERIA DE FOTOS). Edge manteve o desenho original da embalagem francesa e a adornou com diamantes, pérolas e ouro. A customização feita pelo londrino resultou em uma garrafa que vale U$ 2 milhões (cerca de R$ 3,7 milhões).
Segundo a página do joalheiro na internet, a garrafa apresenta mais de mil diamantes com diferentes cortes, pérolas raras e muito ouro amarelo de 18 quilates. Com este trabalho, todo feito à mão, Edge pretende entrar para o Guinness Book (o livro dos recordes) e abocanhar com sua criação o título de garrafa mais valiosa do mundo.

O lançamento da garrafa está previsto para setembro, no último dia da semana de moda de Londres. Logo depois, o valioso recipiente será exposto no Theatre Royal Haymarket, onde ficará sob intensa vigilância.

DE ESCOFFIER A FERRÀN ADRIÁ - PASSOS PARA COPREENDER A GASTRONOMIA ULTRAMODERNA


Por Carlos Alberto Dória


A cozinha subdesenvolvida


O prazer, que é para mim um instante de lucidez, pressupõe o diálogo(...). Se para comer, por exemplo, fossemos retroceder na sucessão das galerias mais secretas, teríamos a tediosa e fria sensação do fragmento do vegetal que incorporamos, e a asa da perdiz rosada seria uma ilustração da zootecnia anatômica. Se não é o diálogo, nos invade a sensação da fragmentária vulgaridade das coisas que comemos Lezama Lima, “Paradiso” O discurso do comestível Convenhamos, é péssimo comer mal. Uma música ou um quadro que nos desagrada provoca menor desconforto do que um alimento que nos causa repulsa. A contrariedade pelo paladar é radical e se deve a uma entrega pessoal desmedida, pois o comer exige uma mediação na qual alguém nos assegura que o desconhecido é bom (menu confiance é expressão da mais absoluta verdade, pois sem confiança não há gastronomia). Que esse alguém seja a mãe diante de uma criança ou o chef cuisine de um sofisticado restaurante não elide a sensação de traição ao nos decepcionarmos quando abrimos a boca. A suavização dessa relação polar requer uma ordem na qual o discurso sobre o comer se erige como constitutivo da fruição.
A gastronomia sempre nos remete ao outro como propiciador de um prazer enunciado. Tomada como arte, como criação portadora de um pathos, de uma aura, ela aparece no Ocidente no período moderno. Data de então a dissolução das cozinhas consensuais, apoiadas na tradição, típicas das comunidades onde predomina, no dizer dos sociólogos, a “solidariedade mecânica”.
Nessa “virada”, inicia-se a aventura dos sabores inusitados. A partir do século XVII, os dissensos que se formam em torno das melhores práticas gustativas, as sensações novas, temidas, perdem o caráter de experiências incomunicáveis e se tornam objetos de um diálogo infinito sobre os sabores. “Há gastronomia quando há permanente querela dos antigos e dos modernos, e quando há um público capaz, ao mesmo tempo por sua competência e por suas riquezas, de arbitrar essa querela” (1) . Já no seu nascedouro a gastronomia é uma perversão: não visa saciar a fome e se projeta como promessa prazerosa escondida além da saciedade.
“As belas-artes são cinco: a pintura, a poesia, a música, a escultura e a arquitetura, cujo ramo principal é a confeitaria”, escreveu Antonin Carême (1783-1833), primeiro artífice do que conhecemos por Grande Cozinha francesa. Em que pese sua história pessoal -criança abandonada pelos pais aos 10 anos de idade, logo se imiscuiu em cozinhas profissionais para aprender um ofício, mas sempre cultivando, nas horas vagas e como autodidata, a sua paixão verdadeira, a arquitetura-, Carême é uma perfeita encarnação do espírito da época, pois oferece à sociedade das cortes uma solução para a compreensão do lugar daquelas práticas e daquele discurso que vinham elevando a mesa à condição de cimento da sociabilidade das elites. A refeição -esse objeto múltiplo, capaz de mobilizar a visão, o paladar, o olfato e o tato- torna-se a força centrípeta de uma grande diretriz do século XVIII: a busca do prazer.
A gastronomia (e frente a ela a culinária se dobra desde fins da Idade Média e o ciclo das descobertas) expressa um saber que se opõe ao poder imediato da natureza; ao dominá-lo e transformá-lo a gastronomia o supera em criação. Essa potência, só conhecida em sua ação e em seus efeitos, é entendida como a manifestação de uma energia que penetra o mundo guiado pela razão.
Sob o império gastronômico a mesa deve oferecer não a naturalidade em forma comestível, mas um espetáculo do engenho humano: “Décors éphémères, obras-primas passageiras da arte decorativa, criadas por mestres confeiteiros geniais e inventivos que deviam ser ao mesmo tempo pintores, desenhistas, modeladores, arquitetos, escultores, floristas. Muitas vezes essas composições monumentais, esses tableaux arabescados requeriam quatrocentas horas de trabalho, sessenta quilos de açúcar e quinze de massa de amêndoas (...) para dissolver-se lentamente, liquefazer-se e acabar no nada” (2) . Mas a arquitetura dos prazeres a que Carême se devotou não se limitou ao aspecto visual e construtivo das suas criações. Atribui-se a ele um papel crucial no desenvolvimento dos molhos e sua técnica, além da criação de alguns que se tornaram verdadeiros clássicos, como o bourgiognonne, o salmis, Robert, supréme e hollandaise.
O objetivo dos molhos -nascidos do jus dos alimentos, quando esses “sucos” dos assados ganham autonomia como problema- é captar e enclausurar a “essência” das matérias-primas com as quais são elaborados, para reapresentá-las em construções rebuscadas. À época de Carême um chef era o cozinheiro que conseguia apresentar sempre criações originais, dignificando os seus mecenas perante seus comensais. A obra de Carême era um testemunho de que, para as artes e as ciências, o “seio da natureza” está sempre franqueado à razão.
Nesse enquadramento iluminista, a história da gastronomia não se diferencia dos demais domínios da alta cultura, isto é, daqueles onde é necessário um conhecimento prévio para compreender o alcance do que é oferecido para promover inovações. Por sua vez, inovações criam polêmicas que, dirimidas, generalizam os pontos de vista vencedores, se banalizam, desembocam na monotonia e criam as condições gerais para novas descontinuidades. Hoje, como ontem, não estamos alheios a tal processo.
Brillat-Savarin, com seu “Fisiologia do Gosto”, foi o primeiro autor a destacar a estreita ligação entre o prazer gustativo e o prazer discursivo; por um lado ele rechaçou o privilégio do nascimento como condição de acesso ao prazer, subtraindo a gastronomia do domínio exclusivo da sociedade das cortes; por outro, erigiu a cultura gastronômica como absolutamente indispensável para a perfeita fruição dos prazeres que o comer pode propiciar. “A gastronomia é um dos principais vínculos da sociedade; é ela que amplia gradualmente aquele espírito de convivência que reúne a cada dia as diversas condições, funde-as num único todo, anima a conversação e suaviza os ângulos da desigualdade convencional” (3) .
Ao ser uma atividade inclusiva, na qual se combinam dotes naturais e faculdades adquiridas, a gastronomia surge da pena de Savarin como um domínio especialmente privilegiado da cultura de transição entre a velha ordem e a França pós-revolucionária. As “maneiras à mesa”, tão crucial nos códigos da reciprocidade que fundamentam a sociabilidade moderna, têm grande impulso quando a própria culinária se torna um objeto discursivo.
Assim, a vida contemporânea deve ao Iluminismo, além da filosofia e das ciências que moveram o mundo moderno, uma nova maneira de vivenciar os prazeres gustativos, ausentes nas fases anteriores da civilização ocidental (muito embora, na China, 3500 anos antes já se praticasse a culinária como “arte”...) e que acabou por se erigir num “sistema”. O “sistema culinário” aponta para um conjunção de práticas e saberes codificados, uma lógica de apropriação da natureza que é partilhada por pessoas em vários tempos e lugares, que reconhecem uma “sintaxe”, domínios de concordância, um vocabulário e regras combinatórias expressas através de práticas de trabalho (receitas), tudo de um modo irredutível a outros sistemas de conhecimento.
A montagem do sistema culinário
Entenda-se: quando dizemos sistema culinário a expressão nos remete à cozinha ocidental, sistematizada ao longo dos séculos XVIII e XIX na França, usualmente conhecida por Grande Cozinha francesa. Num vôo largo, essa cozinha tem pelo menos três grandes momentos, identificados com seus respectivos inovadores: o momento de Antonin Carême, “cozinheiro dos reis e rei dos cozinheiros”, que dominou o período napoleônico, criando e fixando grandes molhos e a estética tributária da arquitetura.
Carême abominava a cozinha do Antigo Regime por práticas como o uso abusivo de especiarias e a mescla de carnes e pescados num mesmo prato. Suas inovações foram no sentido de conferir maior leveza aos cardápios, eliminando os excessos de gordura, introduzindo as sopas como início imprescindível de toda refeição e buscando um equilíbrio calórico entre os pratos.
Carême, considerado “o Napoleão do forno”, serviu a Tayllerand, a Alexandre I e ao barão Rotschild. Deve-se a ele, ainda, a criação do uniforme e do chapéu dos cozinheiros, que definem visualmente a “profissão”, o asseio e a hierarquia que devem presidir o fazer culinário. Modernamente, se algo se pode criticar em Carême, é a presença absolutamente dominante dos molhos, escondendo ou suprimindo o sabor ou aroma natural das carnes e demais produtos neles sub-sumidos. Mas seguramente há, na história da culinária ocidental, um antes e um depois de Carême.
Auguste Escoffier (1846-1935), artífice da cozinha das grandes redes de hotéis surgidas ao final do século XIX e começo do XX (Savoy, Ritz, Carlton etc.), autor do extraordinário “Guide Culinaire” (1902) é quem retoma os ensinamentos de Carême e os adapta aos novos tempos do industrialismo.
Ele simplifica os molhos, sistematiza e generaliza procedimentos técnicos, colocando-os em condições de serem repetidos de forma seriada em qualquer parte do mundo, e propala que a grande virtude de uma cozinha nacional só pode advir da excelência de suas matérias-primas e da formação técnica impecável dos chefs. Sua filosofia culinária é inequivocamente clássica: o fundamento continua sendo os fundos de cocção (especialmente os fonds de vitela, de peixe e de aves), como na grande arte estabelecida por Carême, mas que exigem adaptação aos tempos modernos para continuar imperando (“Os molhos representam a parte capital da cozinha. São eles que criaram e mantém a preponderância universal da cozinha francesa” (4) ) .
Para ele, a afinação do paladar na sociedade submetida a um ritmo “ultra-rápido” exige a revisão técnica e a adaptação às novas circunstâncias de fruição gastronômica. Somente sob essa condição pode a arte culinária sobreviver. Escoffier dirá que o edifício culinário que se erigiu a partir dos fonds -muitas vezes suficientes por si próprios- assumiu dimensões desproporcionais com as exigências de parcimônia dos tempos modernos. A arte culinária, “nas formas de sua manifestação, depende do estado psicológico da sociedade”. Ao invés da celebração cortesã, a mesa moderna deve ser um hiato, uma pausa no “turbilhão dos negócios” que move a sociedade industrial.
A sedução culinária consiste agora em fazer o tempo à mesa afastar-se da sensação de um “tempo perdido” para se converter num tempo mágico capaz de “capturar” o cliente (sujeito ausente na sociedade das cortes) pela fantasia e pela satisfação. Uma criação de Escoffier que bem expressa sua filosofia, é a famosa sobremesa Pêche Melba, que criou para a soprano australiana Nellie Melba: um simples pêssego, colocado por dois segundos em água fervente para tirar-lhe a pele e que é, depois, gelado e servido com um sorvete de baunilha e uma calda quente de amoras (5) .
O terceiro e último grande momento da culinária ocidental vamos encontra-lo já nos anos 70 do século XX, em Paul Bocuse com a sua nouvelle cuisine (ou cuisine du marché). Ela expressa um movimento que conquista uma leveza nova para a cozinha francesa tradicional.
Dirá Bocuse de forma revolucionária: “Já não são necessários esses fonds de molhos, essas marinadas e outras faisandages (...), esses pratos complicados, demasiado preparados, aquelas guarnições que eram lei na cozinha do século XIX. Esta simplificação na preparação dos pratos repercute igualmente nos tempos de cocção. Os pescados, por mais curioso que possa parecer, devem servir-se rosados na carne próxima à espinha. Os pescados estão sempre demasiado cozidos. As vagens devem estalar ao se mastigar e as massas devem ser al dente” (6) .
Bocuse, à diferença de Carême e Escoffier, dirige-se a um público leitor doméstico, sem prévia formação técnica. Seus procedimentos, ultra-simplificados se comparados com Carême ou Escoffier, são compensados por uma ênfase nova na qualidade dos ingredientes encontrados no mercado. Na verdade, o chef não é mais aquele indivíduo portador de uma idéia que, obstinadamente, busca realizar da melhor maneira possível, procurando trabalhar com os ingredientes únicos e insubstituíveis: ele é, agora, alguém que aceita os desafios colocados cotidianamente pelo mercado e pelas estações que definem a oferta de produtos frescos e de qualidade. A rigor, sua maestria está à prova a cada momento...
Outra inovação de Bocuse é a abertura para o mundo e a “desterritorialização” da cozinha francesa: “Podemos comprar os melhores produtos que existem, e não importa onde, graças, entre outras coisas, aos meios de transporte modernos”. Além desse universalismo dos ingredientes (convém lembrar que, para Escoffier, a cozinha francesa é a melhor porque, por sorte do destino, a França produz as melhores matérias primas, o que cria a base objetiva para a ação do gênio inventivo...), Bocuse propugna a necessidade do olhar sobre o estrangeiro: “Creio que é essencial sair ao estrangeiro, para ver o que anda mal dentro de casa. Quanto mais se viaja, mais se vê como os outros não estão inativos, e como progridem.(...). Por isso é necessário ir vê-los. Afinal de contas o ofício de cozinheiro é um ofício de companheiros. É necessário ter dado uma volta pela França, ou quiçá várias, mas hoje quem queira progredir precisa dar a volta ao mundo. Cada vez que viajo a outros países volto com idéias novas. Por exemplo, em Hong-Kong pude apreciar como sabem preparar bem os legumes, quer dizer, cozinhá-los por pouco tempo. Dali trouxe o método de cozinhar as ervilhas. Eu sempre as preparava refogadas em toucinho e cebolas e me dei conta de que, ao cozinhar as ervilhas, assim como as vagens, em água salgada, se obtém algo maravilhoso, e se a nova cozinha francesa reflete a necessidade de meus compatriotas de voltar às fontes da nossa tradição culinária, abre também a perspectiva do que se pode fazer observando os nossos vizinhos”.
Do ponto de vista historiográfico, talvez seja cedo para compreender o alcance da mudança operada a partir da nouvelle cuisine. Apesar disso, é possível suspeitar que ela guardou estreita relação com uma filosofia de vida que se esboçou a partir de 1968, como a “volta à natureza”, o antiindustrialismo etc., e que hoje desemboca na assunção explicita da agricultura “orgânica” como única fonte possível para uma boa culinária.
Georges Blanc, o mais jovem chefe a ser laureado com três estrelas pelo Michelin em 1981, remonta a origem da sua “cozinha natural” vegetariana a 1970, quando os chefes começaram a sentir a “necessidade de uma cozinha leve”. O seu mergulho pessoal em direção à simplicidade da vida camponesa, a uma idealizada cozinha de sua avó (7) , é a resposta que encontrou a uma necessidade que entendia como geral. O despojamento para reencontrar a natureza, sem as mediações da grande indústria de alimentos, recuperou a dimensão artesanal da atividade.
Outras inovações importantes seguiram-se a Bocuse. Ele declaradamente não atribuía importância à apresentação dos pratos, à sedução visual, mas os demais seguidores da nouvelle cuisine acabaram por se entregar de corpo e alma à estética oriental, retomando o japonismo que já estivera presente em vários domínios estéticos da cultura ocidental um século antes. Também decorre desse influxo modernizante a reconsideração da culinária italiana que, desde o século XVIII, sempre cultivara uma leveza e uma simplicidade pouco valorizadas à época de Carême.
A crise do sistema
A esses três grandes momentos se opõe a fusion cuisine, surgida da idéia de “esgotamento” da nouvelle cuisine. Na fusion é justamente a busca de ingredientes inadaptados aos procedimentos da cozinha ocidental, porque deslocados do seu lugar em outros sistemas culinários (especialmente orientais), que move os chefs no caminho de experiências culinariamente insólitas.
O crítico gastronômico da “The New Yorker”, Arthur Lubow, nos oferece um dos melhores insights sobre a questão. Ele toma como exemplo a relação da culinária ocidental com a indiana, especialmente nos Estados Unidos, onde a fusão indiano-francesa experimentou um boom no final dos anos 90.
Vários chefs passaram a utilizar ingredientes da cozinha indiana sem respeitar as tradições e a filosofia correspondentes: o feno grego (Trigonella foenum-graecum), que é uma semente de sabor amargo e bastante tóxica -um dos componentes do curry- é então empregado indiscriminadamente em saladas e frutos do mar, assim como os grãos de mostarda crus; o óleo de canola substitui as gorduras típicas das várias cozinhas indianas (gordura de coco, óleo de mostarda e manteiga clarificada -o famoso ghee); a curcuma (Curcuma longa), que de condimento passa à condição de corante e assim por diante.
Para Lubow, o modismo contribui para o empobrecimento da cozinha indiana, e cita um exemplo: o cominho -o mais popular ingrediente utilizado nos restaurantes da fusion cuisine- pode ser utilizado cru ou torrado ou, ainda, frito em óleo. Cada uma dessas utilizações na cozinha indiana é radicalmente distinta das demais. A utilização crua e abusiva torna-se kitsch. Assim, a Índia, que há tantos séculos vem emprestando aromas e sabores ao Ocidente, popularizada pelo uso do curry, sofre um autêntico atentado nas versões pós-modernas da culinária em voga nos EUA (8) .
A tese de Lubow é que as ricas e diferenciadas cozinhas do Kerala, de Bengala e do Punjab são “assassinadas” nas mãos dos chefs movidos pelo incontrolável desejo de inovar sem ter a imprescindível cultura e o conhecimento suficiente da Índia para compreender a inserção das suas várias cozinhas nos modos de vida correspondentes. A crítica de Lubow à desconstrução culinária nos remete à linguagem estruturada que ela é, cujas regras precisam ser conscientes para se chegar ao bom resultado da criatividade. “Uma simples especiaria pode ser tocada como um violino, produzindo glissando ou pizzicato, conforme o desejo do maestro”, diz.
De fato, a linguagem musical fornece uma boa analogia para a arte culinária e poderíamos dizer que, no mundo moderno, há nela uma permanente tensão entre a construção sinfônica e a construção jazzística. A Grande Cozinha francesa caminhou, pelas mãos de Carême e Escoffier, no sentido sinfônico: uma grande refeição possui uma abertura, os vários andamentos, as tensões, contrapontos e o finale -tudo segundo a harmonia ditada pelos molhos. Mesmo o trabalho dos grandes chefs inovadores visando permitir a emergência dos sabores naturais dos ingredientes, não desestruturou essa lógica.
Por outro lado, a “vertente jazzística” se revela quando observamos as grandes linhas de formação do repertório culinário ocidental. Constatamos ai uma incansável apropriação de produtos novos e a sua reinterpretação no sistema culinário, sem jamais abalar seus fundamentos. Assim foi com o milho, a batata, o tomate, as pimentas, o açúcar e todas as especiarias das “índias ocidentais e orientais”. Esse processo, cujo andamento é dado pela formação e disseminação das “modas”, sempre leva à exaustão das possibilidades criativas e à monotonia, obrigando a um debruçar-se sobre outros “estoques” naturais.
Como o jazz, a culinária ocidental precisa se alimentar de novos “ritmos” para se manter viva e dinâmica (9) . Essa característica de sistema “aberto”, capaz de assimilar e reinterpretar os elementos exógenos, é o que o singulariza (10) e projeta a culinária ocidental como um grande aparelho de deglutição do mundo. Outras são as lógicas das cozinhas orientais, constituindo sistemas à parte.
Tropicalização do gosto
As considerações anteriores servem para interrogar um novo élan que se percebe, entre nós, por toda parte. De repente, o Brasil parece pronto para um salto de qualidade na sua gastronomia.
Um ânimo novo comanda os espíritos: a classe média se dá conta de que cozinha não é “apenas” o lugar de batuque; as universidades oferecem cursos “superiores” de culinária; as editoras descobrem um novo filão, ainda que não se arrisquem a editar os verdadeiros clássicos do gênero; o boom dos gadgets de precisão transforma a cozinha no coração hi-tec da casa; centenas de novos bistrôs pipocam no eixo Rio-São Paulo e fora dele; cursos de culinária para amadores povoam as noites paulistanas; as revistas especializadas multiplicam-se. Há a sensação de que um país moderno necessita uma gastronomia desenvolvida. Mas o que pode ser o desenvolvimento gastronômico brasileiro nas condições atuais?
Seguramente há dois caminhos fecundos seguidos ou a seguir: o da imitação e o da criação. Uma breve consulta aos guias culinários paulistanos registra não mais do que 5 restaurantes de “cozinha brasileira” -sempre ancorados na “tradição”- contra mais de 20 franceses e mais de 30 italianos, em sua maioria “inovadores” (isso para ficarmos apenas nas principais categorias).
Uma indigência nativa que contrasta com a propalada biodiversidade nacional. Afinal, somos ricos apenas em natureza incomível ou falta-nos algum ingrediente para extrair das riquezas naturais novas possibilidades gastronômicas?
Ora, num mundo onde a pantofagia é celebrada como aventura crítica (11) , a questão não é de nacionalismo culinário. Ao contrário, a dimensão imediatamente universal é dada pelo fato de que a fusion cuisine tem ocupado um espaço respeitável de uns cinco anos para cá e nos lança, ao menos como metáfora, um desafio: uma fusão com a nossa própria singularidade, do nosso superego culinário afrancesado com o nosso id tropical...
Fernão Cardim e Gabriel Soares de Sousa, cronistas coloniais, dão notícias de um Brasil bem mais comestível do que hoje percebemos. Brasil no qual o colonizador tinha como norte comer “tudo o que índio ou macaco comiam”. País enriquecido pela recepção de frutos orientais que, como a manga, foram domesticados em Goa no século XVI, sob os auspícios do médico e cristão-novo Garcia da Orta, e depois transplantados para cá. Médico ilustre aquele Orta, cujos feitos foram celebrado em versos por Camões:
Verdes que em vosso tempo se mostrou
O fruto daquella Orta onde florecem
Plantas novas, que os doutos não conhecem.
Olhai que em vossos annos
Produze huma Orta insigne varias ervas
Nos campos lusitanos,
As quaes, aquellas doutas protervas
Medea e Circe nunca conheceram,
Posto que as leis da Magica excederam.
Não é por falha da natureza que nossa gastronomia moderna há de ser de importação (12) . Afinal, a globalização do gosto no Brasil iniciou-se bem antes dessa que hoje parece novidade.
A rigor, o desafio de hoje não advém dos princípios que regem a fusion cuisine, mas das dificuldades constitutivas da renovação culinária. Uma delas é o debruçar-se sobre a natureza com o mesmo espírito iluminista que deu origem à Grande Cozinha, quando a potência da razão humana rompe os limites do mundo da experiência para deitar cidadania no mundo empírico; outra é o diálogo sempre difícil -quando não impossível- entre sistemas culinários diferentes, como os que nomeadamente compõem nossa tradição: as culturas indígenas, a herança negra e a ocidental ibérica.
É a base fraca, doméstica, de desenvolvimento culinário que abre um espaço bastante grande para o mito das “três cozinhas” como constitutivas da cozinha brasileira. Trata-se de um mito de origem, derivado da representação do brasileiro pelos modernistas de 22.
A convivência entre sistemas irredutíveis uns aos outros é absolutamente diversa, por exemplo, daquela entre as cozinhas regionais italianas ou francesas, todas integrantes de um mesmo sistema, apesar das particularidades locais e da variedade de matérias-primas e preparações que constituem suas marcas distintivas. Por analogia, podemos dizer que as tradições das “três cozinhas” brasileiras são como línguas diferentes, ao passo que as cozinhas regionais européias -francesas, italianas etc.- são como dialetos de uma mesma língua.
Entre nós, a chamada cozinha mineira, mesmo com grande proximidade com a cozinha portuguesa camponesa, não chegou a ser hegemônica. A cozinha baiana é dessas “tradições inventadas” (13) e nunca perdeu o aspecto ritual do seu consumo, oriundo do candomblé, o que dificultou a sua generalização. Apesar disso, a sua riqueza compilada (14) é significativamente maior do que a prática culinária de cunho comercial que ensejou.
Já a tradição indígena é ainda mais complexa. Além do que deixou de influência duradoura no Pará, talvez só em São Paulo, pela extrema pobreza dos modos de vida até a fase do café e da industrialização, a sua influência tenha sido grande embora transitória. Mesmo assim, estudos recentes indicados por Evaldo Cabral de Melo mostram que a mandioca e o milho não foram, nos primeiros tempos, de uso tão generalizado como normalmente se crê, persistindo o largo uso do trigo (15) .
A razão pela qual nos movemos mais no terreno mitológico do que propriamente culinário ao falar de cozinha brasileira deve-se ao fato de que não houve, até hoje, uma pesquisa histórica consistente que pusesse às claras o repertório culinário dos últimos 500 anos de alimentação. E, se essa pesquisa nunca aconteceu é porque jamais houve uma disputa hegemônica nos modos de fazer, interagir e simbolizar adotados pelas elites dominantes. Elas, que sempre olharam para Europa e, depois, para os EUA, numa perspectiva de imitação, reservaram um grande desprezo para o que pudesse cheirar a “nativo”. Uma tradição colonial bem diferente, por exemplo, da mexicana, onde o vigor culinário advém da valorização da tradição pré-colombiana na construção da hegemonia burguesa “criolla”.
Assim, a valorização desproporcional da cozinha mineira face às demais, mesmo sendo ela uma cozinha decalcada numa das cozinhas européias menos modernas, explica-se por essa vontade de ser europeu que atravessou os tempos.
A cozinha de origem indígena, que só deitou raízes no Norte, apresenta ingredientes bastante singulares, compostos de vasta relação de frutas, peixes e ervas da região. No entanto, refletem o ecossistema amazônico, o que não cobre a totalidade da variedade de tradições indígenas do território brasileiro.
Todas essas limitações indicam a vastidão do campo de experimentações gastronômicas que desafiam a culinária no país. Mas, à medida que a tradição é valorizada em detrimento da experimentação -e a razão econômica forte para isso é que as cozinhas regionais se tornaram tributárias da indústria do turismo, como elemento atrativo local-, o caminho seguido parece ser o de afastamento crescente do cotidiano do brasileiro, abrindo passo para as cozinhas étnicas de outros países, apoiadas nas comunidades de origem que possuem representação populacional expressiva nos principais centros urbanos (16) .
Comportamentos elitizados também têm grande responsabilidade sobre o estado da gastronomia brasileira. Um deles é a idéia de “exclusivo” que se perpetua no espírito de confrarias com feições aparentemente modernas. A agregação de “iniciados” em espaços apartados daqueles onde se trava o discurso geral da sociedade sobre a culinária consome energias que, em outro contexto, poderiam verter para o benefício geral.
Nesse terreno facilmente desenvolve-se o saudosismo, que contamina mesmo a imprensa gastronômica, voltada para estéreis celebrações da “cozinha imperial brasileira”, da preparação do menu do último baile da Ilha Fiscal, dos cadernos de culinária dos Orleans e assim por diante. Uma espécie de monarquismo culinário entrava o aburguesamento do gosto num pretenso refinamento das elites.
Outro fator que contribuiu para o subdesenvolvimento gastronômico, numa outra versão do mesmo culto ao “exclusivo”, foi a persistência da noção de “segredo”. A culinária é um domínio onde convenções internacionais não reconhecem o copyright de receitas ou criações, no entanto a noção arcaica de segredo ainda tem cidadania entre nós.
O “segredo” parece ter se formado na tradição ibérica e se propagado pelas Américas a partir do século XVI, através da disseminação dos conventos femininos que duram até a extinção dos morgadios, no século XIX. Num ambiente extremamente competitivo, quando os conventos disputavam os favores reais, a guarda zelosa dos “cadernos de receitas” das freiras era a garantia da posição que desfrutavam no conceito da corte.
O segredo protege especialmente a doçaria. O uso sensual do açúcar diferencia a postura católica das atitudes espartanas e anoréxicas dos calvinistas e luteranos e transforma esses centros de devoção em espaços de grandes celebrações gastronômicas (17) . Em que pese o papel dos conventos no desenvolvimento da culinária barroca, o “segredo” logo se secularizou. Transladado especialmente para o Brasil e México, não tardou para o costume ganhar as famílias senhorias, transformando os “cadernos de receitas” em parte relevante do dote das noivas.
Esta atitude, é compreensível, logo passou para a escravaria dedicada à cozinha, gerando a figura valorizada das “negras quituteiras”, de forma a que o segredo passou a presidir o desenvolvimento da culinária nacional ao menos até o século XIX e o advento dos primeiros livros sobre o tema, como “O Cozinheiro Imperial” e “O Cozinheiro Nacional”. Não é por acaso também que o livro mais célebre de culinária, editado no Brasil do século XX, chama-se “Dona Benta” e se apóia na mitologia da velha que “ensina segredos” para as futuras donas de casa.
Outro livro de sucesso nos anos 40-50, “Comer Bem”, também tinha o mesmo enfoque. Apesar desses livros que iluminam as práticas culinárias, são poucas as pesquisas sobre o que o brasileiro efetivamente comia, e é notável a sobriedade dos cardápios em São Paulo, segundo uma rara pesquisa feita em vários bairros e classes sociais nos anos 40 do século passado. Sopas simples, arroz, feijão, pão branco, carne de vaca, alguns legumes, batata inglesa, algumas poucas frutas, raras compotas -é o repertório usual em Higienópolis, Pacaembu, Mooca, Canindé, Jardim América ou Bexiga (18) .
Assim, o ingresso do país na modernidade gastronômica só se deu nos anos 80 do século 20. Como a universidade, que teve a sua “missão francesa” civilizatória, a gastronomia também teve a sua, através da valorização do trabalho de alguns chefs francofônicos que, entre nós, começaram a praticar uma culinária com fortes traços de nouvelle cuisine.
Laurent, Quentin e Claude Troisgros foram os pioneiros dessa nova onda. Eles praticaram uma criativa “cozinha metafórica” (e, às vezes, “metonímica”...): o tradicional pato com laranja cedeu lugar ao pato com jabuticaba, com manga, com maracujá; criaram bavaroises de frutas nativas; valorizaram os tubérculos brasileiros etc. Ainda há pouco, Claude Troisgros apresentou sua mais nova criação: um linguado com banana, o que para os informados sobre os hábitos culinários populares é uma simples translação do peixe com banana frita, tão popular no Pantanal.
A importância dessa geração de chefs foi evidenciar a falta de preparo técnico dos responsáveis pelas cozinhas dos restaurantes e hotéis (19) e, por outro lado, chamar a atenção do grande público sobre a riqueza gustativa inexplorada do país.
Além disso, como indivíduos da classe média européia, começaram a despertar nos brasileiros de condição social equivalente a curiosidade pelo fazer culinário. Muitos desses se aventuraram no setor nos anos 80; o Senac dedicou maior atenção à formação de profissionais de cozinha e, já nos anos 90, delineia-se o movimento de euforia profissional que hoje se vive. Não é fácil, porém, prever o desenvolvimento dessa tendência.
Por um lado, a globalização dos mercados avançou, atenuando as distâncias, e uma forte linha de sofisticação ganhou peso com a importação de ingredientes da grande cozinha, como o foie gras e o tartufo bianco -para citar os paradigmáticos.
Esse é um caminho elitizado, consoante uma tendência internacional, sem dúvida mais “acessivel” agora do que quando a fruição que enseja dependia de viagens ao exterior. Num sentido diverso, jovens chefs -como Alex Atalla- investem uma boa dose de energia em estudos e pesquisas de ingredientes brasileiros.
A primeira tendência, ainda mais forte, se apóia no indiferentismo das elites frente as coisas do país, entregando-se a prazeres comprovados e sem riscos. A segunda encontra fortes obstáculos ao seu desenvolvimento no tratamento ainda artesanal dos ingredientes com potencial inovador, bem como por sua dispersão pelo território: não se pode, por exemplo, encontrar o jambu (20) do Pará senão nas feiras locais; os peixes de rio não chegam às feiras e mercados dos grandes centros urbanos; as frutas amazônicas, do nordeste ou centro-oeste se restringem aos mercados locais; apenas recentemente o Ibama descriminalizou o consumo de animais nativos criados em cativeiro etc.
Essas condições objetivas, de natureza econômica e cultural, deixam apenas uma fresta por onde desenvolver uma “redescoberta” dos sabores brasileiros.


Notas:


1 - REVEL, Jean-François, "Um Banquete de Palavras: Uma História da Sensibilidade Gastronômica", São Paulo, Companhia das Letras, 1996, pág. 178. O autor lembra também que a palavra “gastrônomo” só aparece no início do século XIX.
2 - CAMPORESI, Piero, "Hedonismo e Exotismo: A Arte de Viver na Época das Luzes", São Paulo, Editora Unesp, 1995, pág. 84.
3 - SAVARIN, Brillat, "A Fisiologia do Gosto", São Paulo, Companhia das Letras, 2001, pág. 143.
4 - ESCOFFIER, Auguste, "La Guide Culinaire", Flammarion, Paris, 1993, pág. 4.
5 - Escoffier se aborrecia sempre que se apontava essa sua delicada criação como a origem do popularíssimo ice cream sundae (“Qualquer variação nesse delicado equilíbrio de sabores é a sua ruína”, dizia).
6 - BOCUSE, Paul, "La Nueva Cocina Francesa de Paul Bocuse (La Cuisine du Marché)", Buenos Aires, Editorial Crea, 1979, pág. 9.
7 - BLANC, Georges, "The Natural Cuisine of Georges Blanc", Webb & Bower, New York, 1987.
8 - LUBOW, Arthur, “Lo, the Poor Indian: a food critic views the americanization of subcontinental cuisine with some regret”, "Slate", 15 de janeiro de 1998, www.slate.com.
9 - Hoje em dia podemos prever que a melhoria e transformação genética são outras possibilidades de repertório, haja vista o exemplo do recém “desenvolvido” riso nero, a partir do secular “arroz do imperador’, oriundo da China. Ainda não existem, para sua utilização, mais de meia dúzia de receitas...
10 - Claude Levi-Strauss oferece uma instigante análise desse processo em seu ensaio "Raça e História".
11 - STEINGARTEN, Jeffrey, "O Homem Que Comeu de Tudo", São Paulo, Companhia das Letras, 2000. O autor também encontrou os seus “limites” em comidas azuis e em sobremesas indianas que diz terem textura e gosto de creme facial.
12 - Para um simples inventário natural consulte-se CAVALCANTE, Paulo B., "Frutas Comestíveis da Amazônia", Museu Paraense Emilio Goeldi, Belém, que indica 176 frutas comestíveis, catalogadas na região. Consulte-se ainda PEREIRA, Huascar, "Pequena Contribuição para um Diccionário das Plantas Úteis do Estado de São Paulo (indígenas e aclimatadas)", Typographia Brasil de Rothschild, São Paulo, 1929, para a riqueza original de São Paulo na mesma matéria. Apesar dessa diversidade, vivemos uma autêntica regressão: frutos exóticos como o abricó (Mammea americana) ou a fruta-pão (Artocarpus altilis), de uso corrente em outras épocas, simplesmente deixaram de ser consumidos na escala que o foram.
13 - Conforme Câmara Cascudo, ela só passa a existir na segunda metade do XIX, a partir da unificação dos cultos africanos do candomblé.
14 - Consulte-se especialmente a obra de Manuel Querino, "A Arte Culinária na Bahia", e "A Cozinha Baiana", de Darwin Brandão.
15 - MELLO, Evaldo Cabral de, “Nas fronteiras do Paladar”, "Mais!", "Folha de S. Paulo", 28/05/2000.
16 - Pela importância, além da italiana, sente-se o peso da árabe e da japonesa.
17 - Ver a respeito o interessante ensaio de SARAMAGO, Alfredo, "Doçaria Conventual do Alentejo: As Receitas e o Seu Enquadramento Histórico", Sintra, Colares Editora, 1993.
18 - PIERSON, Donald, "Hábitos Alimentares em São Paulo", "Revista do Arquivo Municipal", ano X, vol. XCVIII, São Paulo, 1944.
19 - Como sempre, havia as exceções de praxe: o Grande Hotel Cadoro em São Paulo, o Copacabana Palace e o Ouro Verde, no Rio de Janeiro, pertencentes à velha “grande tradição”, talvez ainda inspirada por Escoffier.
20 - Uma espécie de agrião selvagem, presente em pratos com tucupi, da tradição amazônica.
Carlos Alberto Dória
É sociólogo, consultor e autor de livros como "Ensaios Enveredados", "O Cangaço" e "Bordado da Fama".
Fonte:


http://www.martinfierro.com.br/curso/subdesenvolvida.html